tag:blogger.com,1999:blog-20350584.post1606331013212694757..comments2023-12-30T19:29:57.639+00:00Comments on Assim Mesmo: Nomenclatura científicaHelder Guéguéshttp://www.blogger.com/profile/13345467045471633041noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-12811833497064407382011-03-18T17:42:09.126+00:002011-03-18T17:42:09.126+00:00Caro Paulo, se ainda não está esclarecido, eu desi...Caro Paulo, se ainda não está esclarecido, eu desisto. Como dizia o outro, nem mais um soldado para o Ultramar.<br />— Mont.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-48414750747562582652011-03-18T17:13:08.476+00:002011-03-18T17:13:08.476+00:00Tem razão, Kupo. O seu comento não estava visível ...Tem razão, Kupo. O seu comento não estava visível quando enviei o meu último.<br />— Mont.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-28174994182963311452011-03-18T15:31:04.107+00:002011-03-18T15:31:04.107+00:00Errei quanto a Machado, pensei certo e escrevi tor...Errei quanto a Machado, pensei certo e escrevi torto; de Machado, quis dizer, tirar o 'sendo'. Em Eça, basta manter a vírgula após 'espinhoso'.<br />Feita a correção em Machado, continuo com a minha opinião. Continuo errado?Paulo Araujonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-29597085170714690352011-03-18T15:08:56.510+00:002011-03-18T15:08:56.510+00:00Já agora pontuem-se correctamente os seguintes pas...Já agora pontuem-se correctamente os seguintes passos:<br />. «e, como os gentios tinhão odio aos christãos, disse-lhe o amo que, como, sendo elle gentio, ella era christã, que tornasse logo atraz» (Luís Fróis, Historia de Japam).<br />. «Pois, como, sendo tao avantajado poeta, o não tendes visto?» (Francisco Manuel de Melo, Apólogos dialogais).<br />- Mont.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-85461482110818388862011-03-18T14:47:30.243+00:002011-03-18T14:47:30.243+00:00Sem ambages: está erradíssimo, caro Paulo Araújo, ...Sem ambages: está erradíssimo, caro Paulo Araújo, e a complicar o que é simples. As frases ficam perfeitamente claras e escorreitas sem «sendo»:<br />• «D. Paula tornou aos seus bailes de outro tempo, às suas eternas valsas que faziam pasmar [“a”, também não está aqui a fazer nada] toda a gente, às mazurcas, que ela metia à cara das sobrinha(s) como a mais graciosa cousa do mundo» (Machado de Assis, «Dona Paula»).<br />• «E logo uma idéia me sulcou [e não «sulcou-me», porque o advérbio «logo» atrai o pronome; mas estas «atracções» não atraíam, e ainda mal, o nosso cônsul na Havana] o espírito, com um brilho de visitação celeste.. Levar à Titi um desses galhos, o mais penugento, o mais espinhoso, como a relíquia fecunda em milagres (Eça de Queirós, <i>A Relíquia</i>).<br />Enfim, chovendo no molhado, eu apresento-lhe Eça e Machado como dois dos maiores estilistas da língua portuguesa, mas nunca lhos apresentaria como sendo dois dos maiores estilistas da língua portuguesa. <br />Sobre isto espero que fiquemos conversados.<br />— MontextoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-62294481385474818852011-03-18T13:42:13.809+00:002011-03-18T13:42:13.809+00:00Seu absurdo, penso eu, é sugerir a retirada do &qu...Seu absurdo, penso eu, é sugerir a retirada do "como" no passo machadiano, quando o que ali, e no passo queirosiano, o que está a sobrar é tão-somente o "sendo", nada mais. Nada de remover comos nem incluir vírgulas.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-49590975038814996332011-03-18T13:21:49.672+00:002011-03-18T13:21:49.672+00:00Gostaria de ter a erudição dos que estão comentand...Gostaria de ter a erudição dos que estão comentando o 'como sendo' em Machado e Eça. Não chego nem perto, mas, por isso mesmo, usarei apenas meu ouvido de leigo para opinar. Se eu tirar o 'como' de Machado, a frase perde em eufonia e o sentido fica dúbio: a coisa mais graciosa passa a ser canhestramente a sobrinha e não a(s) mazurca(s); Machado não escorregaria nessa. Já em Eça, se o 'como sendo'<br />for substituído por uma vírgula, o galho espinhoso continuará, do mesmo jeito, definido como a relíquia fecunda; mas Eça teve suas razões para por o 'como sendo'.<br />Certamente estou errado, e, construindo este oximoro, gostaria de receber a merecida crítica a um possível (ou provável) absurdo que tenha manifestado.<br />E, pelo amor de Deus, só usei palavras da nossa língua, tenham vindo de onde vieram.Paulo Araujonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-82323227091738495942011-03-18T12:39:04.900+00:002011-03-18T12:39:04.900+00:001
Muito bem, caro Kupo. Fico esclarecido, respiro ...<b>1</b><br />Muito bem, caro Kupo. Fico esclarecido, respiro fundo e muito folgo de que ainda haja professoras que ensinem tais pontos de linguagem.<br /><br /><b>2</b><br />Caro Venâncio, também o exemplo de Francisco de Holanda está no mesmo caso dos de Melo e Fróis, ainda que possa parecer menos evidente. Com efeito, aquele «sendo» não pode eclipsar-se, e só pode alternar-se com «como se fosse».<br />Machado e Eça são enooooormes; a minha vida divide-se em dois períodos: antes e depois da leitura dos <i>Maias</i> aos 16 anos. Mas nada disto entende com questões de linguagem. Todo o escritor, mormente do séc. XVIII em diante, escorrega aqui e ali, haja vista o próprio Camilo e, pasme-se, o mesmíssimo Castilho, mas muitíssimo pouco, o menos possível. Imite-se o que está bem, refugue-se o que o está menos, quando se atentar nele, venha lá de onde vier, e use-o quem o usar, nem que seja o próprio Camões ou Sousa ou Vieira ou Bernardes (já aqui vimos um deslize deste) ou Melo ou Garrett, para ir aos máximos nesta matéria. Oportunidade de errarmos por ignorância e inadvertência não nos hão-de faltar... Pelo menos a mim.<br />— MontextoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-34980109492520920502011-03-18T04:25:50.494+00:002011-03-18T04:25:50.494+00:00Caro Montexto,
Eu sabia estar a fazer alguma bato...Caro Montexto,<br /><br />Eu sabia estar a fazer alguma batota nos exemplos 2 e 3 (Fróis e Melo). «Como sendo» significa aí «por ser», sendo «como» uma conjunção. <br /><br />Julgo que a questão é um pouco outra. Eu também <b>prefiro</b> evitar uma locução que faz, na nossa erudita cabeça, eco de uma francesa. Mas, caramba, Machado de Assis e Eça de Queirós são os nossos maiores prosadores, e isso deveria garantir-nos certo conforto.<br /><br />A hipocondria transforma a escrita e a expressão num campo de minas. Nós (você e, creio, eu) aguentamos, porque temos algum jogo de anca. Mas há espíritos que nunca mais se endireitam do trauma.Venâncionoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-9223945857672258852011-03-18T02:23:48.349+00:002011-03-18T02:23:48.349+00:00Concordo com o seu primeiro comento, que era o úni...Concordo com o seu primeiro comento, que era o único visível aqui quando escrevi o meu. Concordo com a desnecessidade de "como sendo" em construções daquelas. E evito o seu uso.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-43974735653431603742011-03-18T00:37:42.104+00:002011-03-18T00:37:42.104+00:00Montexto, gostei do 'encandear', Gil Vicen...Montexto, gostei do 'encandear', Gil Vicente, 1536. No meu Nordeste usa-se muito.Paulo Araujonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-3260799594834786312011-03-17T22:55:15.714+00:002011-03-17T22:55:15.714+00:001
Caro Kupo, queira dizer-me por gentileza com que...<b>1</b><br />Caro Kupo, queira dizer-me por gentileza com que concorda, e o que não deixa de perceber, e evita. Peço desculpa, mas não percebi.<br /><br /><b>2</b><br />Caro Venâncio, eu já disse que tenho forcejado por atingir a ataraxia, vou avançando, mas de vez em quando acontece-me alguma que me faz boquiabrir, como agora, e regrido. <br />Primeiro: pelo visto ainda não reparou, mas eu não tenho nenhuma hipocondria gaulesa (nem espanhola, nem britânica, nem germânica, nem escandinava, nem eslava, nem nipónica, nem chinesa, etc.): leio e tenho de ler até mais em francês do que em português. A «hipocondria» que eu tenha é aos que não escrevem a sua própria língua segundo a índole, o vocabulário e a gramática dessa língua, e a mareiam escusadamente. Segundo: o «sendo» no «como sendo» francesado (de «comme étant»), é uma coisa, e o «como sendo» português lídimo é outra. — O primeiro pode suprimir-se, como suprimia quem conhece ou conhecia a sua língua, pois não faz falta nenhuma: suprima o dos exemplos de Machado e Eça, e as frases só ficam a ganhar. Esse é o giro afrancesado, já exprobrado por Botelho de Amaral no seu dicionário de dificuldades, e não será por acaso que surge em autores do final do séc. XIX. — O segundo não se pode suprimir, só substituir por outra forma do verbo, querendo. Estão neste caso todos os outros passos que citou, de antes do séc. XIX, e até de antes do séc. XVIII, e verdadeiramente exemplares e clássicos. <br />Mas quando o meu caro Venâncio se deixa encandear com estes cambiantes, suposto que um nadinha acatassolados, eu só digo, como outrora o bom Sá, «perigoso imigo corre, se Deus nos não vale aqui». <br />— MontextoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-31151201378353940112011-03-17T13:02:06.958+00:002011-03-17T13:02:06.958+00:00Concordo. Quem primeiro me chamou a atenção para i...Concordo. Quem primeiro me chamou a atenção para isso foi uma professora no começo da faculdade, quando avaliava nossas redações (no melhor estilo escolar). Desde então, não consigo deixar de percebê-lo; e evito-o.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-8425715799566250922011-03-17T12:15:35.915+00:002011-03-17T12:15:35.915+00:00Por ordem cronológica:
«mas vesivelmente gostam o...Por ordem cronológica:<br /><br />«mas vesivelmente gostam os olhos d'aquelle spectaculo <b>como sendo</b> verdadeiro» (Francisco de Holanda, A pintura antiga).<br /><br />«e como os gentios tinhão odio aos christãos, disse-lhe o amo que, <b>como sendo</b> elle gentio ella era christã, que tornasse logo atraz» (Luís Fróis, Historia de Japam).<br /><br />«Pois, <b>como sendo</b> tao avantajado poeta, o não tendes visto?» (Francisco Manuel de Melo, Apólogos dialogais).<br /><br />«D. Paula tornou aos seus bailes de outro tempo, às suas eternas valsas que faziam pasmar a toda a gente, às mazurcas, que ela metia à cara das sobrinha <b>como sendo</b> a mais graciosa cousa do mundo» (Machado de Assis, Dona Paula).<br /><br />«E logo uma idéia sulcou-me o espírito, com um brilho de visitação celeste.. Levar à Titi um desses galhos, o mais penugento, o mais espinhoso, <b>como sendo</b> a relíquia fecunda em milagres (Eça de Queirós, A relíquia).<br /><br />Mais clássicos ainda, Montexto? Ou que tal curar-se duma certa hipocondria gaulesa?Venâncionoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-59031776444579300962011-03-16T22:23:24.403+00:002011-03-16T22:23:24.403+00:00«francesia», claro, s.f.f.
- Mont.«francesia», claro, s.f.f.<br />- Mont.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-33303009291440605802011-03-16T21:26:42.707+00:002011-03-16T21:26:42.707+00:00Já não sei exactamente quem, mas quase de certeza ...Já não sei exactamente quem, mas quase de certeza Botelho de Amaral, desaprovou a construção «como sendo» em casos como o do texto em apreço, decalcada certamente do franciú. Pelo menos os clássicos não lhe sentiram a falta, e, se se omitir o verbo, nada se perde, excepto uma francia, «alfaia, certo, mui escusada», como diria D. Francisco Manuel. Fica a nótula para quem a queira aproveitar...<br />— MontextoAnonymousnoreply@blogger.com