tag:blogger.com,1999:blog-20350584.post6098408981988303304..comments2023-12-30T19:29:57.639+00:00Comments on Assim Mesmo: Infinitivo pessoalHelder Guéguéshttp://www.blogger.com/profile/13345467045471633041noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-16325751870603988782011-05-06T21:48:06.037+01:002011-05-06T21:48:06.037+01:00Repare que nesse caso de Herculano parece-me que s...Repare que nesse caso de Herculano parece-me que se cumpre a regra de o verbo que se segue a «pedir para» se referir ao sujeito de «pedir».<br />Mas vá reparando na prática dos clássicos, e vê-la-á seguida em geral, se é que não sempre.<br />— MontextoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-11362025337192608762011-05-06T20:58:22.228+01:002011-05-06T20:58:22.228+01:00Bem certo que o uso do infinitivo é algo elástico....Bem certo que o uso do infinitivo é algo elástico. Quanto ao <b>pedir para</b> e <b>pedir que,</b> também eu assim pensava, mas Vasco Botelho de Amaral, sabe-o decerto, pensava de outro modo: «Se o povo diz <i>pedir para,</i> e se eu vejo que Herculano escreveu no <i>Eurico</i> — pediu <i>para falar</i> a sós» — que me importa a mim que se critique a construção <i>pedir para?</i><br />E que assim não lêssemos em Mestres da Língua?... Nunca se ouviu o povo dizer portuguêsmente <i>pedir para ir</i> e de modo semelhante?» (<i>Glossário Crítico de Dificuldades do Idioma Português,</i> Vasco Botelho de Amaral. Porto: Editorial Domingos Barreira, 1947, pp. 275-76).Helder Guéguéshttps://www.blogger.com/profile/13345467045471633041noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-66008282683955251932011-05-06T20:46:10.794+01:002011-05-06T20:46:10.794+01:00P.S. — Mas o uso dos infinitivos permite muita lib...P.S. — Mas o uso dos infinitivos permite muita liberdade, e obedece a várias razões, como à eufonia e ouvido, à posição na frase, ao tipo de verbo que os precede, enfim ao estilo, e não só à lógica. E não duvido de que se topem exemplos como esse em Sousa, Vieira, Bernardes ou Garrett. Ex: «Nós ouvimo-los cantar, nós mandámo-los dançar»; também aqui há dois sujeitos diferentes, um para cada verbo, e raro se dirá: «nós mandámo-los cantarem, nós mandámo-los dançarem».<br />Aqui ao lado, a <i>Sintaxe Histórica Portuguesa,</i> de Epifânio, enuncia regras mais ou menos fixas para alguns casos, mas deixa vasto campo de manobra para outros. Consagra uma página ou mais a diversos exemplos, se bem me lembro.<br />— Mont.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-20350584.post-80982934915758695402011-05-06T20:42:08.442+01:002011-05-06T20:42:08.442+01:00Sim, porque o sujeito de «pedir» é diferente do su...Sim, porque o sujeito de «pedir» é diferente do sujeito de «mandar».<br />Portanto, aconselhável e correcto seria: «Muito manifestamente, os senhores a que pedimos para ‘mandarem’ em nós...»<br />Melhor, contudo, talvez, por referido a pessoa: «Muito manifestamente, os senhores ‘a quem’ pedimos para mandarem em nós...»<br />Mas há mais: não faltou quem ensinasse que o verbo «pedir» rege «que», e só se usa com «para» quando o que se pede se refere ao sujeito, ou seja, se refere a quem pede, e pratica ou sofre isso que pede.<br />Assim, <br />• correcto será: «Muito manifestamente, os senhores ‘a quem’ pedimos que mandem em nós...»;<br />• e correcto também, por ex: «Peço para sair», se for eu a sair;<br />• mas: «peço-te que saias», <br />• e não: «peço-te para saíres».<br />• Enfim, condenava-se também a fusão das duas formas: «peço-te para que saias»; basta «pedir para...» ou «pedir que...», consoante os casos.<br />*<br />Mas não vos preocupeis: isto era em tempos, a bem dizer, mitológicos. <br />Agora isto não passa de caturrice ininteligível, se não ridícula, no admirável mundo novo.<br />— MontextoAnonymousnoreply@blogger.com