Pão e circo
«Uma reportagem de Bernardo Ferrão, de Março, foi repetida agora por ter recebido um prémio. Trata-se dum trabalho exemplar, raro na TV, de visita às promessas da política. E as outras faces do evergetismo actual» («Os grandes querem», Eduardo Cintra Torres, Público/P2, 22.09.2007, p. 14). Não é palavra que se use todos os dias, e por isso a divulgo aqui. Trata-se de um neologismo, cunhado por André Boulanger (1923) e Henri-Irinée Marrou (1948), a partir do grego εύεργετέω (euergetein)*, uma manifestação de uma virtude ética, a beneficência. O termo ganhou, contudo, projecção com a obra Le Pain et le cirque: sociologie historique d’un pluralisme politique (Paris: Seuil, 1976), do historiador francês Paul Veyne, que a usou para designar a estratégia de controlo que eram os espectáculos na arena e a construção de edifícios a expensas de cidadãos endinheirados, por exemplo.
* Usada, por exemplo, entre outros lugares da Bíblia, no original dos Actos dos Apóstolos, 10,38: «Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele. E nós somos testemunhas do que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém. A Ele, que mataram, suspendendo-o de um madeiro, Deus ressuscitou-o, ao terceiro dia, e permitiu-lhe manifestar-se, não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois da sua ressurreição dos mortos.»
«Uma reportagem de Bernardo Ferrão, de Março, foi repetida agora por ter recebido um prémio. Trata-se dum trabalho exemplar, raro na TV, de visita às promessas da política. E as outras faces do evergetismo actual» («Os grandes querem», Eduardo Cintra Torres, Público/P2, 22.09.2007, p. 14). Não é palavra que se use todos os dias, e por isso a divulgo aqui. Trata-se de um neologismo, cunhado por André Boulanger (1923) e Henri-Irinée Marrou (1948), a partir do grego εύεργετέω (euergetein)*, uma manifestação de uma virtude ética, a beneficência. O termo ganhou, contudo, projecção com a obra Le Pain et le cirque: sociologie historique d’un pluralisme politique (Paris: Seuil, 1976), do historiador francês Paul Veyne, que a usou para designar a estratégia de controlo que eram os espectáculos na arena e a construção de edifícios a expensas de cidadãos endinheirados, por exemplo.
* Usada, por exemplo, entre outros lugares da Bíblia, no original dos Actos dos Apóstolos, 10,38: «Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele. E nós somos testemunhas do que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém. A Ele, que mataram, suspendendo-o de um madeiro, Deus ressuscitou-o, ao terceiro dia, e permitiu-lhe manifestar-se, não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois da sua ressurreição dos mortos.»
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