10.5.11

Etimologia de «fóssil»

Talvez fodere

      «O vocábulo fóssil deriva do termo latino fodere, “desenterrar”, via fossile, que significa “desenterrado”» (O Dedo de Galileu, Peter Atkins. Tradução de Patrícia Marques da Fonseca e Jorge Lima. Revisão de Ana Isabel Silveira. Lisboa: Gradiva, 2007, p. 22). Julgava lembrar-me que effodere (ou refodere) é que é, em latim, desenterrar; fodere é apenas escavar; infodere é, pelo contrário, enterrar. Seja como for, não queria deixar de partilhar o conhecimento desta etimologia.


[Post 4768]

2 comentários:

  1. Anónimo10.5.11

    Amoenitates grammaticae, diria Baudelaire ou o Palito Métrico.
    — Montexto

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  2. Anónimo10.5.11

    Mais amenidades:
    «Quase quarenta anos após a mítica revolução de Abril, o seu histórico e quase epónimo herói, embora sabendo-se simples estratega de uma inédita e colectiva revolta militar, revisita o que agora baptiza, em lembrança de um verso não menos mítico de Sophia, de “Dia Inicial” (Eduardo Lourenço, prefácio ao livro O Dia Inicial, de Otelo Saraiva de Carvalho, Objectiva, Março de 2011, p. 13).
    De «estratega» já aqui se curou; agora, novíssimos, reparai outra vez no que o velhíssimo Camilo deixou dito pela boca de Calisto Elói, «um lavrador lá de cima», sobre o emprego do verbo «saber» em passos quejandos e outras inovações: «“Delineamentos de assassinato”! Que é isto? ‘Assassinato’ é coisa que me não cheira a idioma de Bernardes e Barros. Seja o que for, é coisa horrível que sai das cadeias com seus delineamentos, contra homens que ‘os presos sabem ricos’. Aqui, Sr. Presidente, neste ‘sabem ricos’ quem sofre o ‘assassinato’ é a gramática. O aticismo desta frase é grego de mais para ouvidos lusitanos» (A Queda dum Anjo, Oficina do Livro, Biblioteca Essencial, Agosto de 2008, cap. XVII, p. 123-124).
    — Mont.

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