Uma questão de fé
Este texto é uma homenagem aos muitos professores que lêem este blogue. Quem não ouviu alguma vez um professor afirmar que a sua profissão, pela entrega que exige, é um sacerdócio? Pois a verdade é que os primeiros cristãos foram também os primeiros professores da História, porque «professavam», isto é, declaravam publicamente a sua fé, ainda que lhes pudesse custar a vida. A palavra formou-se a partir do latim profiteri, com o mesmo significado, formada por fateri (confessar), com o prefixo pro- (diante, com o sentido de «diante de todos, à vista»). A partir de certa época, um professor passou a ser aquele que «professava», ou seja, que declarava publicamente que possuía conhecimentos em determinada área do saber e que podia transmiti-los.
1 comentário:
Na verdade, buscando-se a etimologia de 'professor' em sites de língua inglesa, a explicação aquí mostrada é praticamente consensual. Mas ocorre que (1) existe uma outra, que me parece mais verossímil, e (2) americanos têm sérias deficiências em Latim.
(1) De fato, professor vem do latim medieval 'profateri', aquele que professou, que tomou ordens religiosas e que, por ser membro da igreja, podia proferir sermões publicamente, podia lecionar. 'Profateri' vem de 'pro' (em lugar de) + 'fateri' (conhecimento, saber, aquilo que só a Igreja possuia). Ou seja 'profateri' é aquele que está no lugar do, ou representa, o conhecimento. Mas 'fateri', do germânico arcaico 'fader', que por sua vez origina-se do grego 'pater', é 'pai'. Ou seja, professor é aquele que age, que fala em lugar do pai.
(2) Basta procurar 'Non ilegitimi carborundum', moto de um comandante militar do exército americano na 2ª guerra, ou por 'Qui pro domina justitia sequitur', lema do Departamento de Justiça americano.
Até mesmo o popular 'Et pluribus unum' das notas de 1 dólar merece críticas de alguns latinistas.
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