Pensemos
Para a esmagadora maioria das pessoas, é como se o vocábulo «banto» fosse invariável. Embora intua que não há motivo, mas mimetismo, convém ter consciência de que se fôssemos respeitar a flexão dos nomes que importamos de outras línguas, não teríamos uma língua própria. Que interessa ao falante de português, a não ser como conhecimento, que em banto, uma língua prefixal, o vocábulo «banto» seja um plural? Importámo-lo, agora é nosso e temos de o afeiçoar à congenialidade da nossa língua. Vejamos uma frase em espanhol: «Los grupos de lengua bantú se transformaron en herreros y en su enigmático trayecto introdujeron alimentos importados de Asia.» Um tradutor deu-no-la assim: «Os grupos de língua banto transformaram-se em ferreiros e no seu enigmático trajecto introduziram alimentos importados da Ásia.» Assim, à semelhança deste, também se devia preferir «talibã(s)», como grafa o Diário de Notícias: «O ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês, Khursheed Kasuri, rejeitou ontem as acusações de que Islamabad estaria a apoiar os talibãs no Sul do Afeganistão» («Islamabad rejeita acusações de que está a ajudar os talibãs», Susana Salvador, 20.05.2006, p. 14). Ao contrário do Público: «Forças de segurança procuram 100 suspeitos taliban» («Combates no Sul do Afeganistão causam pelo menos 16 mortos», S. L., 16.05.2006, p. 17).
Para a esmagadora maioria das pessoas, é como se o vocábulo «banto» fosse invariável. Embora intua que não há motivo, mas mimetismo, convém ter consciência de que se fôssemos respeitar a flexão dos nomes que importamos de outras línguas, não teríamos uma língua própria. Que interessa ao falante de português, a não ser como conhecimento, que em banto, uma língua prefixal, o vocábulo «banto» seja um plural? Importámo-lo, agora é nosso e temos de o afeiçoar à congenialidade da nossa língua. Vejamos uma frase em espanhol: «Los grupos de lengua bantú se transformaron en herreros y en su enigmático trayecto introdujeron alimentos importados de Asia.» Um tradutor deu-no-la assim: «Os grupos de língua banto transformaram-se em ferreiros e no seu enigmático trajecto introduziram alimentos importados da Ásia.» Assim, à semelhança deste, também se devia preferir «talibã(s)», como grafa o Diário de Notícias: «O ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês, Khursheed Kasuri, rejeitou ontem as acusações de que Islamabad estaria a apoiar os talibãs no Sul do Afeganistão» («Islamabad rejeita acusações de que está a ajudar os talibãs», Susana Salvador, 20.05.2006, p. 14). Ao contrário do Público: «Forças de segurança procuram 100 suspeitos taliban» («Combates no Sul do Afeganistão causam pelo menos 16 mortos», S. L., 16.05.2006, p. 17).
2 comentários:
A escolha da cor vermelha, significando erro, está correta nesta entrada?
(perguntado em 30 de agosto 2010, a propósito da entrada de hoje sobre os talibãs)
Ainda não estava a usar, nesta altura, essa diferenciação cromática, mas agora aproveitei e alterei.
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