Tudo na mesma
«Duas dirigentes da Associação Solidariedade Imigrante, foram ontem detidas e levadas para a esquadra da Brandoa para identificação» («Amadora nega que demolições na Aziganha [sic] se devam à CRIL», Alexandra Reis, Público, 31.08.2006, p. 49). Claro que não vou referir-me ao metagrama, até porque não acredito que escasseie pábulo para fazer estes textos que aqui vou publicando. A jornalista anda, vê-se, a ler Alexandre Herculano, que afirma no volume V dos Opúsculos: «Uma das cousas em que maiores incorrecções e incertezas aparecem no comum dos escritos, é a pontuação.» Herculano (que, a propósito, se lê /Hêrculano/, pois com e aberto é a cidade de que sempre se fala a par de Pompeia), um dos melhores cultores da língua portuguesa, em parte esquecido, ou lembrado pelas piores razões («Foi cá uma seca ter sido obrigado a ler Eurico o Presbítero», já ouvi um professor de Português desabafar), pontua esta frase de uma forma que, no português contemporâneo — e pena é que a esmagadora maioria de quem escreve ainda não o saiba —, é inadmissível. Refiro-me ao sujeito longo a ser separado por vírgula do seu predicado.
«Duas dirigentes da Associação Solidariedade Imigrante, foram ontem detidas e levadas para a esquadra da Brandoa para identificação» («Amadora nega que demolições na Aziganha [sic] se devam à CRIL», Alexandra Reis, Público, 31.08.2006, p. 49). Claro que não vou referir-me ao metagrama, até porque não acredito que escasseie pábulo para fazer estes textos que aqui vou publicando. A jornalista anda, vê-se, a ler Alexandre Herculano, que afirma no volume V dos Opúsculos: «Uma das cousas em que maiores incorrecções e incertezas aparecem no comum dos escritos, é a pontuação.» Herculano (que, a propósito, se lê /Hêrculano/, pois com e aberto é a cidade de que sempre se fala a par de Pompeia), um dos melhores cultores da língua portuguesa, em parte esquecido, ou lembrado pelas piores razões («Foi cá uma seca ter sido obrigado a ler Eurico o Presbítero», já ouvi um professor de Português desabafar), pontua esta frase de uma forma que, no português contemporâneo — e pena é que a esmagadora maioria de quem escreve ainda não o saiba —, é inadmissível. Refiro-me ao sujeito longo a ser separado por vírgula do seu predicado.
2 comentários:
Pompeios.
Pompeia é a cidade moderna.
Tem razão: Pompeia é apenas a forma que habitualmente vemos. Pompeios é mais correcto. Obrigado.
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