Se
Aflita, uma professora telefonou-me: «Como se deverá escrever: “Convoca-se as professoras” ou “Convocam-se as professoras”? Numa acta escrevi da primeira forma, mas agora estou com dúvidas. Lembrei-me do on francês.» São poucos os estudiosos em Portugal a afirmarem que é indiferente. A língua portuguesa, já aqui o escrevi uma vez, tende sempre para a concordância. Ora, nesta frase o sujeito é professoras — plural. Logo, para o plural deverá ir o predicado. Optar pela primeira forma significa considerar que o se destas expressões é pronome indefinido sujeito, e não é claramente assim. O se é uma partícula apassivante, ou seja, torna passivo o verbo, como se se dissesse «as professoras são convocadas».
3 comentários:
Acerca desse assunto, será interessante consultar a obra de João Andrade Peres e Telmo Móia, Áreas Críticas da Língua Portuguesa, os capítulos 3.1.2.2 Construções Passivas de Clítico (p. 215 s.) e 3.2.2 Utilização de argumentos preposicionados como sujeitos de passivas (p. 236 ss.).
Sem referências gramaticais e com simpatia.
Na frase
"São poucos os estudiosos em Portugal a afirmarem que é indiferente."
A forma verbal deveria ser
ou "afirmando"
ou "a afirmar"
ou "que afirmam"
Academia Brasileira de Letras RESPONDE
Pergunta: Ex.mos Senhores Na frase «São poucos os estudiosos em Portugal a afirmarem que é indiferente», é correcto o uso do infinitivo pessoal? Muito obrigado. Helder Guégués
Resposta: O emprego do infinitivo, flexionado ou não, depende da situação estilística. Havendo interesse em realçar o sujeito, flexiona-se. No caso, parece conveniente destacar o sujeito «os estudiosos».
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