Fora!
A. Tavares Louro, consultor do Ciberdúvidas, perdeu uma boa oportunidade de não de estar calado mas de explicar o conceito de holófrase. A uma pergunta de um consulente sobre se é obrigatório que uma frase tenha verbo, limitou-se a usar um provérbio e a afirmar que alguns de nós somos prolixos, ao passo que outros somos lacónicos. Ora, se é verdade que alguns leitores têm a pecha de não referir o contexto em que foi usado o termo ou expressão que querem ver esclarecidos, nem sempre se pode censurar com «não é possível darmos uma resposta definitiva porque não nos é dado o contexto».
Não, senhor, caro leitor, não é obrigatório que uma frase tenha verbo. As frases de um só termo — como o tão parlamentar «Apoiado!» —, ou holófrases, não têm necessariamente verbo. Curiosamente, a fase inicial de desenvolvimento da linguagem nas crianças, por volta dos dezoito meses de idade, é constituída por holófrases ou palavras-frase, como teorizou o linguista Gustave Guillaume, em que há uma ligação a uma acção real. Assim, quando uma criança diz «água», tanto pode querer dizer «dá-me água, mamã», como «estou a ver que há aí água», etc. Também alguns doentes mentais se exprimem exclusivamente através de enunciados holofrásticos.
A. Tavares Louro, consultor do Ciberdúvidas, perdeu uma boa oportunidade de não de estar calado mas de explicar o conceito de holófrase. A uma pergunta de um consulente sobre se é obrigatório que uma frase tenha verbo, limitou-se a usar um provérbio e a afirmar que alguns de nós somos prolixos, ao passo que outros somos lacónicos. Ora, se é verdade que alguns leitores têm a pecha de não referir o contexto em que foi usado o termo ou expressão que querem ver esclarecidos, nem sempre se pode censurar com «não é possível darmos uma resposta definitiva porque não nos é dado o contexto».
Não, senhor, caro leitor, não é obrigatório que uma frase tenha verbo. As frases de um só termo — como o tão parlamentar «Apoiado!» —, ou holófrases, não têm necessariamente verbo. Curiosamente, a fase inicial de desenvolvimento da linguagem nas crianças, por volta dos dezoito meses de idade, é constituída por holófrases ou palavras-frase, como teorizou o linguista Gustave Guillaume, em que há uma ligação a uma acção real. Assim, quando uma criança diz «água», tanto pode querer dizer «dá-me água, mamã», como «estou a ver que há aí água», etc. Também alguns doentes mentais se exprimem exclusivamente através de enunciados holofrásticos.
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