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Carros de cesto?
Sempre que se fala, na imprensa mas não só, nos carros de vime da Madeira, verdadeiros ex-líbris da ilha, nunca se vê referido o nome que têm. De facto, «carros de vime» ou «carros do Monte» são mais descrições do que outra coisa. Contudo, há muitos anos que conheço a palavra «corsa» para os designar. O Grande Dicionário da Língua Portuguesa, coordenado por José Pedro Machado, por exemplo, regista: «Corsa, f. Espécie de veículo, puxado por gente, e em que se transportam pessoas, na ilha da Madeira.» São feitos de vime e assentes em duas tiras de madeira ensebada e terão aparecido em 1849. Descem do Monte até ao Funchal por uma calçada estreita e muito íngreme, manobrados por dois carreiros, trajados de calças e camisa branca e chapéu de palha. Há, actualmente, 87 carros em serviço. Curiosamente, a imagem de cima, pertencente, tal como a de baixo, ao Museu Photographia Vicentes, tem como legenda «“Corsa” junto ao portão da “Villa Victória”, anexo do Reid’s Palace Hotel. Estrada Monumental, Sítio do Salto do Cavalo, Funchal. Posterior a 1894. Fotógrafo: Perestrellos Photographos», ao passo que a legenda da fotografia de cima é «“Carro de cesto”. Rua de Santa Luzia, Funchal (vendo-se à direita o muro do Convento da Encarnação). Primeiro quartel do século XX. Fotógrafo: Vicentes Photographos». Imagino que o autor das legendas desconheça que o vocábulo «corsa» também se aplica aos carros de cesto. Vamos dizer-lhe?
Carros de cesto?
Sempre que se fala, na imprensa mas não só, nos carros de vime da Madeira, verdadeiros ex-líbris da ilha, nunca se vê referido o nome que têm. De facto, «carros de vime» ou «carros do Monte» são mais descrições do que outra coisa. Contudo, há muitos anos que conheço a palavra «corsa» para os designar. O Grande Dicionário da Língua Portuguesa, coordenado por José Pedro Machado, por exemplo, regista: «Corsa, f. Espécie de veículo, puxado por gente, e em que se transportam pessoas, na ilha da Madeira.» São feitos de vime e assentes em duas tiras de madeira ensebada e terão aparecido em 1849. Descem do Monte até ao Funchal por uma calçada estreita e muito íngreme, manobrados por dois carreiros, trajados de calças e camisa branca e chapéu de palha. Há, actualmente, 87 carros em serviço. Curiosamente, a imagem de cima, pertencente, tal como a de baixo, ao Museu Photographia Vicentes, tem como legenda «“Corsa” junto ao portão da “Villa Victória”, anexo do Reid’s Palace Hotel. Estrada Monumental, Sítio do Salto do Cavalo, Funchal. Posterior a 1894. Fotógrafo: Perestrellos Photographos», ao passo que a legenda da fotografia de cima é «“Carro de cesto”. Rua de Santa Luzia, Funchal (vendo-se à direita o muro do Convento da Encarnação). Primeiro quartel do século XX. Fotógrafo: Vicentes Photographos». Imagino que o autor das legendas desconheça que o vocábulo «corsa» também se aplica aos carros de cesto. Vamos dizer-lhe?
3 comentários:
...gastaria o seu "latim" em vão...
o interesse público é cada vez menor e escrever bem , actualmente, é usar expressões estrangeiras.Fica a "gente" com um ar de intelectual europeu!
Mas, por favor! não deixe de me( falo só por mim, por precaução) dar o prazer de aprender consigo.Cada vez é mais difícil encontrar quem queira ensinar!
Obrigado pela sua visita e pelas suas palavras.
Ora aqui está um vocábulo que sai algumas vezes nas Palavras Cruzadas...
;-)
Amplexos e ósculos!...
PF
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