6.2.08

Léxico: «gelaba»

Não as há judaicas



      «Morreu às mãos de um jovem de 27 anos, vestido com uma típica jallaba árabe, não se desse o caso de os restantes transeuntes confundirem o islamita radical Mohammed Bouery, de dupla nacionalidade (holandesa e marroquina), com um ocidental» («Quem se lembra ainda de Theo van Gogh?», Cadi Fernandes, Diário de Notícias/Gente, 12.1.2008, p. 16). Mas há-as sem serem árabes? Pois é, de qualquer maneira, o mais importante é isto: temos a palavra em português, e até com duas variantes: gelaba e jilaba. Só pode ser preguiça dos jornalistas. Já o semanário Sol tinha preferido, em 2006, outra grafia: «Mohamed Ouakalou é um jovem marroquino de 26 anos, vestido com uma Djellaba, túnica tradicional do Sul de Marrocos» («Acabou-se o jejum. Muçulmanos celebraram o fim do Ramadão no Porto», Nuno Escobar de Lima, Sol, 28.10.2006, p. 36).


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