Antigamente é que era
Recentemente, uma pessoa dizia-me que «antigamente o verbo “parecer” só tinha uma regência: parecer-se com». Não confirmei tal informação, claro, porque me lembrava de autores tão insuspeitos como Camilo Castelo Branco usarem a regência parecer-se a. Na acepção de assemelhar-se, dar ares de, ser semelhante, igual ou análogo, escreveu Camilo: «Mas os naufrágios do coração parecem-se aos do mar» (Consolação); «Corre perigo o lobo que ao pastor quer parecer-se» (apud Stringari). Sim, também usou a regência «parecer-se com»: «Nunca se parecera com o pai senão quando se riu assim» (Novelas, III). Todos os exemplos são do Dicionário de Verbos e Regimes de Francisco Fernandes (Globo, Rio de Janeiro, 36.ª edição, 1989, p. 449).
Recentemente, uma pessoa dizia-me que «antigamente o verbo “parecer” só tinha uma regência: parecer-se com». Não confirmei tal informação, claro, porque me lembrava de autores tão insuspeitos como Camilo Castelo Branco usarem a regência parecer-se a. Na acepção de assemelhar-se, dar ares de, ser semelhante, igual ou análogo, escreveu Camilo: «Mas os naufrágios do coração parecem-se aos do mar» (Consolação); «Corre perigo o lobo que ao pastor quer parecer-se» (apud Stringari). Sim, também usou a regência «parecer-se com»: «Nunca se parecera com o pai senão quando se riu assim» (Novelas, III). Todos os exemplos são do Dicionário de Verbos e Regimes de Francisco Fernandes (Globo, Rio de Janeiro, 36.ª edição, 1989, p. 449).
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