Imagem: in Jornal de Negócios, 9.09.2008, p. 2.
Claro está
Se rejeitássemos tudo o que nos veio do francês, do inglês, do espanhol, do italiano, se nos ocorresse essa infeliz ideia, o que nos sobrava? Sim, «bem entendido» parece vir do francês (e se for mera coincidência?), mas está bem formado e não desdoura quem fala português, salvo melhor opinião. Sim, eu sei o que diz Rodrigo de Sá Nogueira. E a Marina sabe que a Academia Brasileira de Letras, para não ir mais longe, embora tenhamos de atravessar o Atlântico, considera que «bem entendido» não vem do francês? Ah, não sabia…
«Ele, que é velho, gosta de se fazer ainda mais velho, acentuando as maleitas, as recordações fugazes e, bem entendido, as deliciosas idiossincrasias oitocentistas» («À moda antiga», Pedro Mexia em recensão à obra Os Males da Existência ― Crónicas de um Reaccionário Minhoto, de António Sousa Homem, Público/Ípsilon, 25.07.2008, p. 35).
Actualização em 24.10.2009
Acabo de ler: «Isso não impediu, como excepção que confirma a regra, que um escritor consagrado como Miguel Torga tivesse sistematicamente (e em Portugal, bem entendido) optado por editar, com sucesso, as suas próprias obras» (O Conhecimento da Literatura. Introdução aos Estudos Literários, Carlos Reis. Coimbra: Almedina, 2.ª ed., 2008, p. 68).
Claro está
Se rejeitássemos tudo o que nos veio do francês, do inglês, do espanhol, do italiano, se nos ocorresse essa infeliz ideia, o que nos sobrava? Sim, «bem entendido» parece vir do francês (e se for mera coincidência?), mas está bem formado e não desdoura quem fala português, salvo melhor opinião. Sim, eu sei o que diz Rodrigo de Sá Nogueira. E a Marina sabe que a Academia Brasileira de Letras, para não ir mais longe, embora tenhamos de atravessar o Atlântico, considera que «bem entendido» não vem do francês? Ah, não sabia…
«Ele, que é velho, gosta de se fazer ainda mais velho, acentuando as maleitas, as recordações fugazes e, bem entendido, as deliciosas idiossincrasias oitocentistas» («À moda antiga», Pedro Mexia em recensão à obra Os Males da Existência ― Crónicas de um Reaccionário Minhoto, de António Sousa Homem, Público/Ípsilon, 25.07.2008, p. 35).
Actualização em 24.10.2009
Acabo de ler: «Isso não impediu, como excepção que confirma a regra, que um escritor consagrado como Miguel Torga tivesse sistematicamente (e em Portugal, bem entendido) optado por editar, com sucesso, as suas próprias obras» (O Conhecimento da Literatura. Introdução aos Estudos Literários, Carlos Reis. Coimbra: Almedina, 2.ª ed., 2008, p. 68).
2 comentários:
Matéria prima para as suas notas é coisa que nunca lhe falta, nem há-de faltar. Por isso, "fornecedores" que lhe batam à porta poderão ser mais maçadores do que oportunos.
Mesmo pensando assim, abalanço-me a levar-lhe três erros porque são frequentes, mesmo na imprensa, e porque uma chamada de atenção feita por si não cairá em saco roto.
Acabando com as delongas e passando aos casos:
1º - "Sol" de 13/9/08, coluna de Miguel Portas: "não era insolação, que o sol já se retirara há uma hora"
2º - "Sol"(última página): "Os bancos X e Y estão entre os interessados a adquirirem uma posição...";
3º- Legendagem do Telejornal das 20h RTP: "Jogadores de vídeo podem tornarem-se virtuais"
4º - Portaria 1215/2007, de 20/9, referindo-se a diversos aspectos da regulamentação nela contida: "Tratam-se de medidas clarificadoras que permitirão..."
cumprimentos
Quase todos os disparates que refere já foram aqui tratados no blogue. Mas fez muito bem reportá-los, pois a qualquer momento poderei retomá-los. Muito obrigado.
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