21.9.08

Glossário de gíria

Agora já percebo

O Diário de Notícias de ontem publicou um glossário de gíria dos gangues (Diário de Notícias, 20.09.2008, p. 5), numa excelente reportagem assinada por Kátia Catulo. Com a devida vénia, ei-lo:

Glossário


Bago. Termo usado para designar uma munição de arma; bala ou balázio são outras expressões usadas

Batedores. São vigilantes do bairro que estão em pontos (“spots”) estratégicos e dão o alerta sempre que detectam um carro da polícia

Caixa baixa. Expressão usada quando os mais velhos se referem aos miúdos até 16 anos e que ainda não fazem roubos ou assaltos de grande envergadura

Canijo. Significa canavial ou terrenos baldios: locais sem iluminação onde os miúdos do bairro se escondem da polícia

‘Cap’. É a expressão em inglês para boné

Fechar. Termo que significa atacar em grupo um rapaz que entrou sozinho num bairro que não é o dele

Litrolas. É uma garrafa de cerveja de um litro, que os miúdos compram para dividir por todos

Pipoca. Tanto pode significar um polícia (“bófia”) como um carro-patrulha da PSP

‘Street fight’. Expressão inglesa que significa um combate de rua. Trata-se de lutas entre os bairros, em que os miúdos levam tudo o que têm à mão para lutar — tacos, barras de ferro, pedras ou facas

Sócio. Tanto pode ser um companheiro do seu bairro como dos jovens de outras urbanizações

Toques de bairro. Formas de cumprimentar ou saudar os companheiros. Cada bairro tem um “toque” próprio, mas há também “toques” que são comuns a todos

‘Thug life’. Expressão original do rap que significa não ter nada e, mesmo assim, saber ultrapassar os obstáculos. Entre os rapazes da região de Lisboa, no entanto, significa “vida de bandido”

Tropa. São todos os que moram no bairro e que seguem o mesmo código — nunca denunciarem-se uns aos outros

2Pac. É aquele que não mostra medo e que sabe usar a palavra para incitar à rebeldia

‘West side’. Expressão inglesa que os miúdos usam para designar os bairros sociais da zona ocidental da região de Lisboa

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