Imposições
Lembram-se do caso de Hannah Jones, a menina inglesa que decidiu não receber um transplante de coração? O Diário de Notícias referiu o caso. Claro que usou a palavra «jovem», porque as palavras, bem mais singelas, «rapariga» e «menina» estão proibidas pelo actual código jornalístico. «Mas na terça-feira foi ela própria quem, numa mensagem aos media britânicos, confirmou que tinha conseguido impor a sua vontade sobre a dos especialistas» («Jovem britânica rejeita operação e decide morrer», Patrícia Viegas, Diário de Notícias, 13.11.2008, p. 31). «Impor sobre»? Nesta frase, o verbo impor é bitransitivo, ou seja, selecciona um complemento directo («vontade») e um complemento indirecto («à [vontade] dos especialistas»). Lá por ser uma situação dramática a jornalista não precisa de obrigar a pobre gramática a suicidar-se.
Lembram-se do caso de Hannah Jones, a menina inglesa que decidiu não receber um transplante de coração? O Diário de Notícias referiu o caso. Claro que usou a palavra «jovem», porque as palavras, bem mais singelas, «rapariga» e «menina» estão proibidas pelo actual código jornalístico. «Mas na terça-feira foi ela própria quem, numa mensagem aos media britânicos, confirmou que tinha conseguido impor a sua vontade sobre a dos especialistas» («Jovem britânica rejeita operação e decide morrer», Patrícia Viegas, Diário de Notícias, 13.11.2008, p. 31). «Impor sobre»? Nesta frase, o verbo impor é bitransitivo, ou seja, selecciona um complemento directo («vontade») e um complemento indirecto («à [vontade] dos especialistas»). Lá por ser uma situação dramática a jornalista não precisa de obrigar a pobre gramática a suicidar-se.
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