A seita
Imaginem, se não custar muito, esta frase: «Nada nem ninguém, nem sequer os entes mais queridos, conseguiam persuadi-lo a abandonar a seita.» Com tantos «nem», podemos ficar obnubilados, mas, passado um bocado, indagamos que faz ali aquele plural, «conseguiam». Parece muita coisa e muita gente, mas talvez o verbo no singular seja o mais adequado. As gramáticas que consultei não contemplam este tipo de construção com pronomes indefinidos. Para já, esqueçamos o segmento «nem sequer os entes mais queridos», que, mais do que não adiantar, atrasa a análise. Sobra isto: «Nada nem ninguém conseguiam persuadi-lo a abandonar a seita.» Se tivermos uma enumeração quilométrica cujo último termo seja «nada», o verbo vai para o singular. Se tivermos uma enumeração quilométrica cujo último termo seja «ninguém», o verbo vai para o singular. Sendo assim, porque é que a construção «nada nem ninguém» levaria o verbo para o plural? É que não são substantivos, lembrem-se.
Imaginem, se não custar muito, esta frase: «Nada nem ninguém, nem sequer os entes mais queridos, conseguiam persuadi-lo a abandonar a seita.» Com tantos «nem», podemos ficar obnubilados, mas, passado um bocado, indagamos que faz ali aquele plural, «conseguiam». Parece muita coisa e muita gente, mas talvez o verbo no singular seja o mais adequado. As gramáticas que consultei não contemplam este tipo de construção com pronomes indefinidos. Para já, esqueçamos o segmento «nem sequer os entes mais queridos», que, mais do que não adiantar, atrasa a análise. Sobra isto: «Nada nem ninguém conseguiam persuadi-lo a abandonar a seita.» Se tivermos uma enumeração quilométrica cujo último termo seja «nada», o verbo vai para o singular. Se tivermos uma enumeração quilométrica cujo último termo seja «ninguém», o verbo vai para o singular. Sendo assim, porque é que a construção «nada nem ninguém» levaria o verbo para o plural? É que não são substantivos, lembrem-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário