25.5.09

«Colete-de-forças» e «camisa-de-forças»

Imagem: http://madmaxine.files.wordpress.com/


Vais para o Telhal…


      Uma camisa é o mesmo que um colete? É uma pergunta doida, é isso que estão a pensar? Há dias, uma leitora, M. A., perguntou-me como se diz (mas está nos dicionários…) «camisa-de-forças» em inglês. Comecei a pensar na questão e ocorreu-me que em português tanto se diz colete-de-forças como camisa-de-forças. Quanto à língua inglesa, vi que também há dois termos: strait-waistcoat e straitjacket. E agora a quem é que eu pergunto se «camisa-de-forças» e «colete-de-forças» designam o mesmo? Será que o guia do Museu S. João de Deus — Psiquiatria e História, a funcionar na Casa de Saúde do Telhal, em Sintra, me pode ajudar? Ah, a propósito, gostava de ter conhecido o poeta António Gancho (que morreu três dias depois de o Assim Mesmo ter nascido, e só espero que não tenha havido nenhuma relação de causa-efeito). Mas conheço um enfermeiro que conheceu o poeta (como conheço uma pessoa que conhece Nelson Mandela), o que quase me faz acreditar naquela teoria, inventada por algum ocioso, que afirma que entre quaisquer pessoas se interpõem, no máximo, sete (ou serão quatro?) pessoas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Na realidade, o que a "teoria dos seis graus de separação" afirma é que, em média, duas quaisquer pessoas no planeta podem ser ligadas por outras cinco. Esta cadeia média seria pois constituída por sete pessoas (incluindo as duas iniciais, nos extremos) e haveria seis ligações entre elas (os tais seis graus de separação). Vários estudos matemáticos têm apoiado esta ideia, e algumas pesquisas mais recentes, efectuadas em redes sociais, parecem corroborá-la. Convém sublinhar que o número seis é apenas um valor médio, não um máximo.
Finalmente, eu não catalogaria como «ociosa» uma pessoa que «inventa» uma tal teoria. Com maior frequência do que seria de esperar, estas ideias «ociosas» acabam por conduzir a resultados importantes e a aplicações surpreendentes.

Fernando Ferreira

Helder Guégués disse...

Caro Fernando Ferreira,
Muito obrigado pelos seus sempre informados contributos. E não leve a sério o adjectivo «ociosa». Ou, ainda que a teoria se devesse a alguém ocioso, não se deveria decerto a uma mente ociosa.
Cordialmente,
Helder Guégués