13.10.09

Notas bibliográficas

Há quem leia

      Sinto que se tem por vezes a ideia de que notas bibliográficas, índices e outras partes eventuais de uma obra não são lidas por ninguém. Mas não é assim, e descurar a sua correcção pode ter custos, porque há sempre quem esteja atento: «Contudo, nem sempre deparamos [na obra D. Maria I — A Rainha Louca, de Luísa Paiva Boléo. Lisboa: Esfera dos Livros, 2009] com uma redacção fluente do texto; e as notas bibliográficas têm erros e repetições, por vezes na mesma página» (António Valdemar, Expresso/Actual, 9.10.2009, p. 31). Que sirva de escarmento.

4 comentários:

joão viegas disse...

Desculpe e, ja agora, deixe-me dizer-lhe que admiro muito o seu blogue, mas o que afirma denota total desconhecimento dos universitarios, sejam eles professores, investigadores, etc.

Posso garantir-lhe que um universitario, em regra geral, e seja qual for a obra (exceptuando talvez "A Bola") NAO LE OUTRA COISA do que as notas de rodapé e as informações bibliograficas, para verificar se foi ou não citado.

Mas concedo que os universitarios constituem uma população relativamente desinteressante e negligenciavel.

Cumprimentos.

Helder Guégués disse...

Não direi, por conhecimento directo de alguns (e extrapolação quanto aos restantes), desinteressante nem negligenciável, mas, no que respeita ao universo dos leitores de qualquer obra, certamente uma minoria, como é óbvio. De qualquer modo, deixe-me dizer-lhe que o meu texto pretendia (não se percebe? Talvez não…) criticar as editoras que negligenciam estes elementos de qualquer obra. Tão-só.

Anónimo disse...

Num livro com mais de 300 páginas onde António Valdemar diz que a autora tem um trabalho minucioso, era simpático, das mais de 100 notas dizer onde houve falhas da autora ou da revisora. No entanto o livro tem merecido rasgados elogios do público português e brasileiro. Penso que está para sair uma 3ª ed. edição corrigida. Será?

Luisa Paiva Boléo disse...

A 3ª ed. tem realmente correcções e até foi aumentada com uma informação sobre a loucura de D. Maria I