26.12.09

Ortografia: «cardeal-patriarca»

Tem dias

      No Público, ora escrevem cardeal patriarca ora cardeal-patriarca. Parece que ninguém dá pela incoerência. «Foi em torno da tolerância e compreensão, apesar de vivências diferenciadas, que o cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, urdiu, na noite de quarta-feira, a tradicional mensagem de Natal» («Cardeal Patriarca de Lisboa critica certezas dos ateus mas não vê razões para conflitos», José Bento Amaro, Público, 26.12.2009, p. 6). «O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), o cardeal-patriarca e o presidente da Comunidade Israelita inauguram hoje, às 11h00, no Largo de São Domingos, um conjunto escultórico que pretende fazer memória do massacre de judeus em 1506, iniciado precisamente naquele lugar» («Memorial judaico e católico evoca a partir de hoje em Lisboa o massacre de judeus de 1506», António Marujo, Público, 22.4.2008, p. 13). Se querem saber, escrevo sempre com hífen: cardeal-patriarca. Aplica-se a Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945, que manda usar hífen nos compostos em que entram, foneticamente distintos, dois ou mais substantivos ligados ou não por preposição.


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