«O local onde isto aconteceu é uma terra de ninguém, longe de zonas habitadas ou mesmo de qualquer monte. A sorte da vítima é que, na mesma altura, numa outra estrada que liga Moura a Barrancos, aparece uma viatura da GNR» («Gang tentou sequestrar uma professora em Barrancos», Carlos Dias, Público, 4.2.2010, p. 22). «Contudo, a paisagem cinzenta e estéril à volta de Tikrit é uma terra-de-ninguém, de vigilantismo e vingança, onde qualquer veículo que se aproxime pode ser o último que se vê e nas vilas disparam rotineiramente sobre estranhos, considerando todos os forasteiros como inimigos» (Fim de Tarde em Mossul, Lynne O’Donnell. Tradução de Ana Saldanha. Queluz de Baixo: Editorial Presença, 2008, p. 146).
A locução, originalmente militar, escreve-se sem hífenes: terra de ninguém. Designa a área situada entre dois exércitos, sobre a qual nenhum dos dois oponentes estabeleceu controlo. É triste ver que até nos jornais se escreve, por vezes, melhor do que nos livros.
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