8.4.10

«Passagem-de-ano»?

Poupem-nos


      E a propósito de Rio de Janeiro. Na edição de ontem do Correio da Manhã, escreveu Domingos G. Serrinha, correspondente no Brasil: «Nas 14 horas de chuva mais intensa caíram 178 mm de água, o dobro do esperado para todo o mês, que era de 90 mm. Esta tragédia supera a ocorrida na passagem-do-ano em Angra dos Reis, onde o desmonoramento [sic] de várias encostas fez 53 mortos» («Dilúvio mata dezenas», Correio da Manhã, 7.4.2010, p. 30).
      Já anda por aí há anos este aborto da passagem-de-ano. Estes jornalistas andam a hifenizar o mundo e a infernizar a língua — ou será ao contrário? Ninguém, como ainda ontem desabafava o revisor antibrasileiro, tem mão nisto.

[Post 3325]

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais grave é a deficiência da informação científica. A pluviosidade é dada em mm por metro ao quadrado por hora. Mais hífen menos hífen o resto percebia-se já a quantidade de água precipitada fica mais do que por perceber.