«O “bichinho”, como lhe chama, determinou que perante o anúncio no jornal largasse o liceu Maria Amália, onde frequentava o quarto ano, e desse entrada, a 1 de Março de 1974, na empresa que havia de ser a da sua vida, e de mais de uma maneira. “Nem sabia o que queriam que a gente fizesse, o jornal não dizia. Vim com uma amiga e mais dois rapazes e fui parar à tiragem de cópias. Achei aquilo muito engraçado. Quem me ensinou foi um senhor que cá estava, o sr [sic] Augusto. Era ele que fazia a etalonagem, a divisão de cores nos filmes. Fazia-se com umas certas filtragens”» («As mãos do cinema», Fernanda Câncio, «DN Gente»/Diário de Notícias, 13.11.2010, p. 5).
Cheira a galicismo — e é. Étalonnage. Em português diz-se aferição. A convicção de que em português não há termo correspondente é quase sempre fundada na falta de conhecimentos.
[Post 4087]
Sem comentários:
Enviar um comentário