4.11.10

Verbo haver

Imagem tirada daqui

Corta!


      José Manuel Rosendo entrevistou (numa cafetaria?!) o filósofo José Gil para a Antena 1. Eis um excerto mais antigramatical: «Quer dizer, a questão é de tal ordem, que nós vamos começar um mau ano 2011, com uma recessão que todos anunciam, depois haverão uma estagnação, haverão um aumento mínimo do crescimento económico, estagnante, e não se vê o fim. É sem fim à vista.» O mais intrigante (bem sei que se trata da oralidade) é que, mesmo que o verbo permitisse, nesta acepção, o seu uso no plural, o sujeito, neste caso, não o pedia.

[Post 4048]

2 comentários:

Anónimo disse...

Que situação! É possível que nem o autor da frase seja capaz de nos dizer o que pretendia com ela.

Anónimo disse...

Decerto, é solecismo grosseiro, infelizmente cada vez mais empregado, até pelo augusto legislador, do que aliás já demos exemplo recente em anterior comento.
Mas só a título de curiosidade, e para lembrança de que isto de errar toca a todos - «hodie mihi, cras tibi», - o grande Camilo chegou não só a cair neste, mas até a defendê-lo, quando Carlos de Laet lho exprobrou. Hajam vista os «Ecos Humorísticos do Minho».
- Montexto