Explique-se lá melhor
«Perto de mil monges desfilaram pela cidade de Yangon, a caminho do pagode de Shwedagon que, pela primeira vez em três dias, não tinha sido encerrado pelas autoridades» («Civis apoiam manifestações de monges birmaneses», Daniel Santos, Público, 21.09.2007, p. 19). Não foi há muito tempo que uma crítica literária, numa recensão da obra (vencedora do Prémio Aristides de Sousa Mendes) Xeque-mate a Goa, de Maria José Stocker, editada pela Temas e Debates, verberava contra o uso do termo «pagode», por exibir «a recusa católica da alteridade social e religiosa». Se virmos em qualquer dicionário, um pagode é o «templo religioso budista, geralmente com vários andares, cada um destes com seu telhado» (in Aulete Digital), cujo étimo é o sânscrito bhagavati, pelo dravídico pagôdi. A crítica de certeza que fez confusão com as outras acepções do vocábulo «pagode».
«Perto de mil monges desfilaram pela cidade de Yangon, a caminho do pagode de Shwedagon que, pela primeira vez em três dias, não tinha sido encerrado pelas autoridades» («Civis apoiam manifestações de monges birmaneses», Daniel Santos, Público, 21.09.2007, p. 19). Não foi há muito tempo que uma crítica literária, numa recensão da obra (vencedora do Prémio Aristides de Sousa Mendes) Xeque-mate a Goa, de Maria José Stocker, editada pela Temas e Debates, verberava contra o uso do termo «pagode», por exibir «a recusa católica da alteridade social e religiosa». Se virmos em qualquer dicionário, um pagode é o «templo religioso budista, geralmente com vários andares, cada um destes com seu telhado» (in Aulete Digital), cujo étimo é o sânscrito bhagavati, pelo dravídico pagôdi. A crítica de certeza que fez confusão com as outras acepções do vocábulo «pagode».
4 comentários:
Olá Helder, tudo bem?
Encontrei seu blogue navegando pela rede, sem um rumo certo. Diria que foi sem querer. Navegar por essas águas não é nescessáriamente preciso, mas é muito recompensador.
Gostei do blogue e voltarei outras vezes. Mas, como brasileiro, fiquei curioso em saber sua opinião sobre a unificação da língua portuguesa.
Abraços.
Falarei desse assunto brevemente, a propósito do Acordo Ortográfico.
Somente comentando a notícia de Daniel Santos, no “Público”, de 21/09/2007, sem entrar no mérito da acepção do vocábulo “pagode”.
Em 18/09/2007, protestando contra o governo militar de Myanmar, mil monges fizeram uma passeata em Sittwe.
Agora, em 21/09/2007, em Yangon, no quarto dia de protesto, foram mil e quinhentos monges, seguidos por uma multidão de mais de mil pessoas.
Atualizando meu comentário de 22/09/2007.
A população de Myanmar continua protestando contra o governo militar, sendo que hoje (23/09/2007), em Yangon, reuniram-se em passeata cerca de dez mil monges, juntamente com cerca de outros dez mil manifestantes.
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