Sem nostalgias, mas...
E a propósito de evolução. Tudo evolui. Dantes, ao que me parece, as eras, as épocas e os períodos geológicos eram sempre referidas pelos nomes Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno, Plioceno, etc. Agora parece que já não é assim. «Os primatas mais antigos, de pequeno porte, lémures e tarseiros, começaram a aparecer no Paleocénico, etc.» Acompanharão os dicionários esta mudança? Vejamos no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, o tal que está em todas as casas. «Paleocénico» não regista, por exemplo. E depois: «Eocénico ⇒ Eoceno». «Cretácico ⇒ cretáceo». «Miocénico ⇒ Mioceno». Por enquanto, ainda com remissão.
E esta «evolução» trouxe-me outra à mente: «mamaliano». Para distinguir adjectivo e substantivo, dizem os defensores.
[Post 4770]
Deixar dizer quem diz. Saber e seguir as boas praxes, e não mais, é quanto basta para o idioma não dobrar a cerviz.
ResponderEliminarCada vez me vejo mais confirmado — mas nem precisava — em incluir a universidade e a ciência no rol das instâncias que, segundo o senador Rui Barbosa, têm contribuído em toda a parte para derrancar a correcção e o bom gosto.
Mas nada de ilusões: mais tarde ou mais cedo, há-de acabar por ser como a civilização bifecamone quiser.
Entretanto, «re-sis-tir», como dizia Sábato (constou-me que lhe reeditaram este título há pouco). Por quê? — Porque sim.
— Montexto
«Miocénico» é relativo ao Mioceno. Soa-me. Do mesmo modo «mediterrânico», p. ex., me soa relativo ao Mediterrâneo; ou o mais comezinho «urbanístico» relativamente a «urbanista».
ResponderEliminarConfundir isto tudo não é involução, é.
Ah! E mamaliano cheira-me bizantinice para «mamífero», para não dizer pior.
Confundir isto tudo é involução, é.
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