Além-Atlântico
Na cidade de Bauru, no Brasil, os moradores passam a vida a reclamar da grafia errada das placas toponímicas. De acordo com o responsável municipal por esta área de actuação, em média são trocadas por mês 12 placas por causa dos erros de grafia. Tendo em conta que este serviço é responsável por cerca de oito mil placas, e admitindo que estão quase todas erradas (nunca fui optimista acerca destas coisas…), só daqui a mais de 50 anos estarão todas corrigidas, isto se entretanto não atribuírem nomes errados a novos arruamentos.
Só a grafia dos nomes derivados do tupi-guarani dá volta à cabeça dos responsáveis pelo «emplacamento»: Ipauçu ou Ipaussu? O Dicionário Aurélio, porém, resolve a questão de uma penada: estes vocábulos grafam-se sempre com ç e não com ss. Também não seria má ideia terem uma comissão municipal de toponímia, digo eu. Ou um exemplar do dicionário.
Fundada no fim do século XIX por dois garimpeiros, e antes dominada pelos índios Caigangs, Bauru vê também a etimologia do seu nome envolta em controvérsia: de «Upaú-r-ú», sim, mas com o significado de «cesta de fruta» ou de «lagoa escura»?
Sem comentários:
Enviar um comentário