8.2.06

Uso das maiúsculas

Olhe que não

Diz bem: ser-se coerente na maneira como se escreve é de uma importância inestimável. Além disso, todavia, convém ir reflectindo na utilidade das opções. No caso que nos divide, parece-me que fazer-se graficamente a distinção entre Estado federal e Estado autónomo não tem qualquer utilidade nem contribui para maior clareza. Antes pelo contrário, diria.
Quando me refiro a Portugal, também escrevo «País», sem pejo nem remorso, e vejo que Daniel Ricardo (1) também o recomenda na obra Ainda bem Que me Pergunta (Editorial Notícias, 2003, p. 208). E lá está, curioso, ao lado de «Nação» e «Pátria»…
Nunca o impedirei de exprimir neste blogue a sua opinião, sempre tão esclarecida, quer concorde com ela quer não. Aliás, só a pluralidade de opiniões me fará — nos fará — progredir no conhecimento de uma matéria tão fascinante, mas ao mesmo tempo tão complexa, como é a língua. Seria mais provável impedi-lo de aqui escrever se concordasse (pelo menos sempre…) comigo.


(1) Ou, entre outros, Edite Estrela et alii in Saber Escrever, Saber Falar, Lisboa, Dom Quixote, 2003, p. 45.

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