Por aí
A palavra «semáforo» vem de «sem(a)», elemento grego que significa «sinal», e «phorus», também grego, que significa «que carrega», «que transporta», «que leva». Há já muitos anos que julgava saber onde surgiu o primeiro semáforo: na berlinense Potsdamer Platz, em 1924. Ainda hoje lá está, diz-se, uma réplica do original. A Internet veio (?), contudo, desmoronar esta certeza: num site afirma-se categoricamente que «o primeiro semáforo de trânsito, alimentado a gás, foi instalado em Londres, 1868». Noutro, não menos peremptoriamente, diz-se que «o primeiro semáforo do mundo foi instalado em Boston, nos Estados Unidos, em 1840». Só não fiquei completamente desmoralizado porque num terceiro site se pode ler que «em 1926 a Siemens instalava na Praça Potsdam de Berlim o primeiro semáforo totalmente automático». Vendo bem, e tirando o pormenor da data, não é desta que ficarei desconvencido que foi mesmo em Berlim, na década de 20, que surgiu o primeiro semáforo. Muito à semelhança, aliás, do que escreve Cesare Pavese na obra Ofício de Viver: «Quando lemos, não procuramos ideias novas, mas pensamentos que já nos passaram pela mente e que adquirem, na página impressa, o selo da confirmação.»
A palavra «semáforo» vem de «sem(a)», elemento grego que significa «sinal», e «phorus», também grego, que significa «que carrega», «que transporta», «que leva». Há já muitos anos que julgava saber onde surgiu o primeiro semáforo: na berlinense Potsdamer Platz, em 1924. Ainda hoje lá está, diz-se, uma réplica do original. A Internet veio (?), contudo, desmoronar esta certeza: num site afirma-se categoricamente que «o primeiro semáforo de trânsito, alimentado a gás, foi instalado em Londres, 1868». Noutro, não menos peremptoriamente, diz-se que «o primeiro semáforo do mundo foi instalado em Boston, nos Estados Unidos, em 1840». Só não fiquei completamente desmoralizado porque num terceiro site se pode ler que «em 1926 a Siemens instalava na Praça Potsdam de Berlim o primeiro semáforo totalmente automático». Vendo bem, e tirando o pormenor da data, não é desta que ficarei desconvencido que foi mesmo em Berlim, na década de 20, que surgiu o primeiro semáforo. Muito à semelhança, aliás, do que escreve Cesare Pavese na obra Ofício de Viver: «Quando lemos, não procuramos ideias novas, mas pensamentos que já nos passaram pela mente e que adquirem, na página impressa, o selo da confirmação.»