Mania das grandezas
Nos tempos que correm, já nada é grande ou muito grande ou mesmo enorme: agora, tudo é mega-qualquer-coisa. Venha lá de onde vier a mania, o certo é que são os jornalistas que a estão a difundir. Só temos de esperar, com paciência, que passe. Vejamos alguns exemplos.
«Para trás, ficam 13 anos de trabalhos de construção — a barragem arrancou em 1993 —, muita polémica e algumas pressões internacionais, devido aos estragos ambientais e ao impacto humano da megabarragem denunciados ao longo da última década e meia por inúmeras organizações ambientais e por múltiplos observadores (ver texto em baixo)», «Maior barragem do mundo já está construída», Diário de Notícias, 20.05.2006, p. 24.
«Megarrebelião de criminosos já matou 52 pessoas em São Paulo», Diário de Notícias, 15.5.206, p. 23.
«É que, depois da megaoperação de fiscalização lançada pela autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) na última semana de Abril, que levou à apreensão de mais de 800 mil litros de combustível, oito bombas de gasolina, na maioria em Lisboa, foram encerradas entre sábado e quarta-feira», «Meia centena de postos de combustível fechados em Lisboa», Francisco Neves, Público, 5.5.2006, p. 57.
«Megachurrasco e exposição sobre a Ota na feira de Alenquer», Público, 26.05.2006, p. 65.
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