6.5.06

Canterbury ou Cantuária?

Vejamos

«Archbishop of Canterbury», pergunta-me o leitor João Lopes, «pode traduzir-se por “arcebispo de Cantuária”?» Claro que pode — e deve. (Espero que a dúvida não seja sobre a tradução de archbishop…) Pese embora o riso de alguns, as boas tradições devem ser mantidas, e esta de continuar a usar topónimos estrangeiros aportuguesados é uma delas. Claro que devemos conformar-nos minimamente com a opinião dominante, sem descurarmos o que julgamos o bom gosto. Ninguém, que eu conheça, usa o proposto «Oxónia» em vez de Oxford, ou «Lípsia» em vez de Leipzig. Afinal, talvez se perceba melhor esta perspectiva se avaliarmos que os Ingleses não dizem nem escrevem «Lisboa» e «Porto», por exemplo, mas «Lisbon» e «Oporto». Ou seja, adoptam formas próprias de topónimos estrangeiros.

2 comentários:

Anónimo disse...

A mim até me irrita mais um hábito recente em relação aos nomes dos monarcas e sucessores. Não entendo o nome do Rei Juan Carlos ou da princesa Stephanie, mas o mais grave são os nomes dos filhos de Carlos (e não Charles), Príncipe de Gales, e netos da Rainha Isabel II(e não Elizabeth II).
Deu à imprensa, talvez menos familiarizada com a História e com os nomes reais, para os começar tratando por William e Harry (diminutivo de Henry). No futuro, e caso venham a subir ao trono, quando se fizerem enciclopédias portuguesas, a Carlos III da Inglaterra, sucederá William V. Bem estranho, pois ninguém encontrará, na mesma letra dâbliu, uns tais William I, II, III e IV. Afinal, estes senhores sempre foram conhecidos por Guilhermes e é aí, na letra guê que devem ser procurados e que têm estado em tudo que é lista de nomes próprios

Anónimo disse...

coloque-me, por favor, uma vírgula na penúltima linha do comentário, a seguir a "..., na letra guê"