À parva
Ultimamente, entrou em voga a locução «à séria», usada e difundida por gente snobe (e snobe, etimologicamente, significa «sine nobilitate» [sem nobreza], não esqueçamos). Entre as pessoas simples — excepto as mais permeáveis à mediocridade exibida nos reality shows —, o despautério não criou raízes, felizmente.
Felizmente também, alguma imprensa vai denunciando a snobeira, ainda que de forma demasiado subtil: «Passemos, então, a M.R.P. [Margarida Rebelo Pinto]. Não vejo como possamos acusá-la de fraude. Fraude, metaforicamente falando, significa vender gato por lebre. É verdade que tem mostrado desejo de ser reconhecida como escritora “séria” (ou será “à séria”?). […] Mas o que interessa é saber se, apesar das pretensões da autora, a devemos levar a sério (ou será “à séria”?)» («A falta que faz o “je ne sais quoi”», Ana Cristina Leonardo, Expresso/Actual, 20.05.2006, p. 58).
Ultimamente, entrou em voga a locução «à séria», usada e difundida por gente snobe (e snobe, etimologicamente, significa «sine nobilitate» [sem nobreza], não esqueçamos). Entre as pessoas simples — excepto as mais permeáveis à mediocridade exibida nos reality shows —, o despautério não criou raízes, felizmente.
Felizmente também, alguma imprensa vai denunciando a snobeira, ainda que de forma demasiado subtil: «Passemos, então, a M.R.P. [Margarida Rebelo Pinto]. Não vejo como possamos acusá-la de fraude. Fraude, metaforicamente falando, significa vender gato por lebre. É verdade que tem mostrado desejo de ser reconhecida como escritora “séria” (ou será “à séria”?). […] Mas o que interessa é saber se, apesar das pretensões da autora, a devemos levar a sério (ou será “à séria”?)» («A falta que faz o “je ne sais quoi”», Ana Cristina Leonardo, Expresso/Actual, 20.05.2006, p. 58).
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