18.5.06

Ortografia: «volte-face»

Vira-casacas

Quer queiramos quer não, o termo «volte-face» é um estrangeirismo: vem do italiano «voltafaccia», através do francês «volte-face». Com o significado de mudança brusca de opinião ou de atitude, reviravolta, tem um uso relativamente alargado no português, e, apesar de o Dicionário da Academia o registar como vocábulo aportuguesado, a verdade é que só a semelhança fonética com o português permitiu que tal acontecesse. Deverá ser grafado como estrangeirismo, das formas habituais: ou itálico ou aspas.
«O volte-face aconteceu em 2003, quando o líder líbio, Muammar Khadafi, renunciou ao seu programa de armas de destruição maciça e aceitou entregar os responsáveis por Lockerbie e pagar as indemnizações às famílias das 203 vítimas do atentado» («EUA restabelecem relações com a Líbia», Helena Tecedeiro, Diário de Notícias, 16.5.2006, p. 16).

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá! Aproveito para o saudar pelo excelente blog que aqui nos oferece, bem como pelo gosto e empenho na Língua Portuguesa, que partilho com igual força. Também me causa revolta ver a forma como a generalidade dos portugueses trata a sua língua. Creio que não haverá muitos países assim... Por isso aproveito para lhe colocar também uma dúvida, a propósito de uma palavra que consta neste seu post. É correcto dizer-se "armas de destruição maciça"? Não deveria dizer-se "armas de destruição massiva"? Obrigada, e continue o excelente trabalho.

Helder Guégués disse...

De momento, «armas de destruição massiva» só me faz lembrar isto: http://photos1.blogger.com/blogger/47/2389/1600/Armas.jpg
Obrigado por ler o meu blogue.