Ah, isso…
Decerto que há aspectos bem mais graves nos jornais — a começar na pontuação, desleixada ou ignorante. Hoje, porém, quero abordar o uso do itálico. Os casos que apresento são diferentes: no primeiro, o jornalista (ou o revisor) poderia ter usado a palavra portuguesa, evitando assim o itálico. Embora seja uma forma de destaque, perturba a leitura. No segundo caso, o jornalista (ou o revisor) não deveriam usar o itálico.
O caso. «A colecção, que abrange brinquedos das mais variadas origens, materiais e temas da última metade do século XIX e do século XX, tem como ex-libris um triciclo em ferro, madeira e couro», «Museu de (a)brincar de Arronches candidato a prémio europeu», Hugo Teixeira, Diário de Notícias, 13.05.2006, p. 44.
A solução. ex-líbris s.m.2n. vinheta desenhada ou gravada que os bibliófilos colam ger. na contracapa de um livro, da qual consta o nome deles ou a sua divisa, e que serve para indicar a posse. (Dicionário Houaiss)
O caso. «Apesar de ter conseguido o tempo mais rápido nos treinos disputados ontem, o piloto da Ferrari foi considerado culpado por ter atrasado deliberadamente os adversários», «Schumacher é o último no Mónaco», 28.05.2006, p. 48.
A solução. De facto, Schumacher conduz um Ferrari, mas a equipa é a Ferrari, isto é, só as marcas é que são destacadas a itálico. É uma boa prática, mas não é seguida por todos os jornais.
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