30.6.06

Hiper ou «hiper»?

Sem medo

      Lia-se no Correio da Manhã: «“Hiper” ficou com as caixas entupidas» («PJ investiga Multibanco», Miguel Alexandre Ganhão/Raquel Oliveira, 30.4.2006, p. 5). No Diário de Notícias, por sua vez, podia ler-se: «Hiper no Norte fechado por falta de condições» (Elsa Costa e Silva, 28.06.2006, p. 17). E, no mesmo jornal, o plural: «Combustíveis até 10% mais baratos nos hipers» (Caderno Economia, 15.5.2006, p. 2). Na Visão, finalmente: «Entre compras feitas nos hipers e outras grandes superfícies e os depósitos nas instituições financeiras, esses valores acabam por ir parar aos carros blindados das grandes empresas de transporte de valores e, posteriormente, para as suas caixas fortes [sic]» (n.º 692, 8 a 14.06.2006, p. 136). Estiveram bem, para me exprimir professoralmente, os jornalistas do Diário de Notícias. De facto, não precisamos de isolar assepticamente com aspas ou itálico a redução ou abreviação substantivada «hiper». Como também não o fazemos com metro, foto, moto, manif, pneu, quilo, otorrino, zoo, etc.