4.8.06

Habitação operária: ilhas e vilas

Imagem: http://www.indiana.edu/

De Roma para Portugal

«Este método, que explica a sobreposição de algumas vielas do centro histórico, usava-se para as insulae, os blocos de casas da época, que podiam chegar a ter oito pisos, e para os edifícios mais imponentes, como o Domus Aurea de Nero, uma ruína grandiosa, sepultada e coberta pelas Termas de Trajano, que de algum modo desencadeou o primeiro renascimento do interesse pela Roma subterrânea» («Roma Secreta», Luca Villoresi, National Geographic, Julho de 2006, p. 40).
Há realidades que pouco mudam, e até as palavras são as mesmas: a habitação do operariado industrial da cidade do Porto são, lembremo-nos, as ilhas (em 1899, 30% da população da cidade morava em ilhas, e em 1939, existiam 14 mil ilhas, albergando 20% da população, segundo este estudo). Como em Lisboa são, e há lisboetas que ignoram este facto, as vilas, que em 1979 estavam contabilizadas em 350, segundo este estudo.

Ilha, s. f. Termo do Porto. Pátio, cercado de vivendas pobres. (Grande Dicionário da Língua Portuguesa)
Vila, s. f. Conjunto de casas pequenas, geralmente iguais, dispostas ao longo de um corredor ou à roda de um área que comunica com a rua. (Grande Dicionário da Língua Portuguesa)

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