Dos nomes
Suscita sempre algum interesse tudo o que se relaciona com os nossos nomes. É sabido que na Idade Média havia o costume de juntar ao nome de baptismo o nome próprio do pai (curiosamente, nos países árabes é, ainda hoje, o oposto: os homens árabes começam a vida com uma denominação como «filho de X» — bin ou ibn X — e, depois de terem tido um filho, podem adoptar a denominação «pai de Y» — Abu Y) para distinguir pessoas diferentes, mas que tinham o mesmo nome. Surgiram então os chamados patronímicos. Distinguem-se pela terminação -es, e antiga -ez, correspondente, já adivinharam, ao genitivo latino -ci. Temos, assim, José Fernandes, que significa José, filho de Fernando, etc. Mais tarde, deixaram de ser usados com esta função de filiação, passando a ser meros nomes. Eis alguns patronímicos e os nomes de que derivaram:
Álvares — Álvaro
Antunes — António
Fernandes — Fernando
Gonçalves — Gonçalo
Lopes — Lopo
Mendes — Mendo
Nunes — Nuno
Pais — Paio
Ramires — Ramiro
Rodrigues — Rodrigo
Sanches — Sancho
Soares — Soeiro
Vasques — Vasco
Suscita sempre algum interesse tudo o que se relaciona com os nossos nomes. É sabido que na Idade Média havia o costume de juntar ao nome de baptismo o nome próprio do pai (curiosamente, nos países árabes é, ainda hoje, o oposto: os homens árabes começam a vida com uma denominação como «filho de X» — bin ou ibn X — e, depois de terem tido um filho, podem adoptar a denominação «pai de Y» — Abu Y) para distinguir pessoas diferentes, mas que tinham o mesmo nome. Surgiram então os chamados patronímicos. Distinguem-se pela terminação -es, e antiga -ez, correspondente, já adivinharam, ao genitivo latino -ci. Temos, assim, José Fernandes, que significa José, filho de Fernando, etc. Mais tarde, deixaram de ser usados com esta função de filiação, passando a ser meros nomes. Eis alguns patronímicos e os nomes de que derivaram:
Álvares — Álvaro
Antunes — António
Fernandes — Fernando
Gonçalves — Gonçalo
Lopes — Lopo
Mendes — Mendo
Nunes — Nuno
Pais — Paio
Ramires — Ramiro
Rodrigues — Rodrigo
Sanches — Sancho
Soares — Soeiro
Vasques — Vasco
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3 comentários:
Já agora, Antunes vem de Antão ou de António (forma erudita ou romanizada de Antão) o mesmo se passando com Fernandes que vem de Fernão ou de Fernando.
A origem de Pais pode ser Pelágio, que -diz-se- é o mesmo que Paio.
Também Afonso é filho de Afonso e Viegas de Egas. Ou o Clássico Henriques, filho de Henrique, como Afonso Henriques. Domingues de Domingos e Marques filho de Marcos.
Álvares e Alves têm a mesma origem (Álvaro) mas a partir de determinada altura o Álvares (que quase já não existe enquanto apelido) era transcrito para documentos como Alvz., o que redundou no Alves. O mesmo fenómeno das trnascrições deu-se para Rodrigues e Roíz que curiosamente vêm de Rodrigo ou de Rui, que é o mesmo nome.
Obrigado pelo seu contributo.
E, lembro-me agora, do actual apelido Eanes ou o seu equivalente Annes (ou Anes). Que quer dizer filho de João, ou por outra, de Johannes (?). Podem ir listados em glossário
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