Bons genes
Os mancebos romanos que não queriam cumprir o serviço militar obrigatório — algo mais longo do que alguma vez foi em Portugal, mesmo em tempos da guerra colonial —, e não seriam poucos, decepavam o dedo polegar. Para estes mancebos, que não seriam, aposto, vistos com bons olhos pelos demais cidadãos nem considerados heróis, havia uma designação: murcos. Termo que, por extensão de sentido, passou a designar qualquer cobarde. Curiosamente, é a este comportamento que se deve também a origem do nosso termo poltrão (e do francês poltron, com o mesmo significado, tal como do italiano poltrone), hoje em dia pouco usado, que provém de pollice trunco (pólex truncado, ou, num português mais moderno, polegar truncado, cortado). Não é impossível que o nosso morcão tenha aqui o seu étimo, mas disso falarei noutro dia.
Os mancebos romanos que não queriam cumprir o serviço militar obrigatório — algo mais longo do que alguma vez foi em Portugal, mesmo em tempos da guerra colonial —, e não seriam poucos, decepavam o dedo polegar. Para estes mancebos, que não seriam, aposto, vistos com bons olhos pelos demais cidadãos nem considerados heróis, havia uma designação: murcos. Termo que, por extensão de sentido, passou a designar qualquer cobarde. Curiosamente, é a este comportamento que se deve também a origem do nosso termo poltrão (e do francês poltron, com o mesmo significado, tal como do italiano poltrone), hoje em dia pouco usado, que provém de pollice trunco (pólex truncado, ou, num português mais moderno, polegar truncado, cortado). Não é impossível que o nosso morcão tenha aqui o seu étimo, mas disso falarei noutro dia.
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