Dou-lhe 20 valores
Dá gosto ver num texto de Marcelo Rebelo de Sousa (ainda que possa ser, estamos entendidos, emenda de revisor) a pluralização de apelidos, matéria que já aqui tratei. Leia-se: «O PCP vai convidar o Partido Comunista da Coreia do Norte para um Encontro Internacional, em Lisboa. É nestas coisas que se vê que o PCP, às vezes, parece os Bourbons. Não esquece nada mas também não aprende nada» («PCP igual aos Bourbons», «Blogue», Sol, 11.11.2006, p. 70). Claro que aquele «Encontro Internacional» não tem de estar em caixa alta e uma vírgula antes da adversativa vinha a calhar. Vejam como escrevem os Italianos: «Erano nell’antica roccaforte dei Borboni…» «Estavam no antigo bastião dos Bourbons…» Repare-se que o singular é «Borbone». Entre nós, há alguma relutância (e ignorância) na pluralização dos apelidos. Contudo, parece que por vezes os jornalistas, escritores e tradutores o fazem inevitavelmente, como neste título do Diário de Notícias: «Loureiros escolhiam árbitros para o Boavista» (Carlos Rodrigues Lima, 6.09.2006, p. 24). Se em vez da família Loureiro fosse a família Bonaparte ou Habsburgo, dificilmente escreveriam «os Bonapartes» ou «os Habsburgos». Felizmente há revisores.
Dá gosto ver num texto de Marcelo Rebelo de Sousa (ainda que possa ser, estamos entendidos, emenda de revisor) a pluralização de apelidos, matéria que já aqui tratei. Leia-se: «O PCP vai convidar o Partido Comunista da Coreia do Norte para um Encontro Internacional, em Lisboa. É nestas coisas que se vê que o PCP, às vezes, parece os Bourbons. Não esquece nada mas também não aprende nada» («PCP igual aos Bourbons», «Blogue», Sol, 11.11.2006, p. 70). Claro que aquele «Encontro Internacional» não tem de estar em caixa alta e uma vírgula antes da adversativa vinha a calhar. Vejam como escrevem os Italianos: «Erano nell’antica roccaforte dei Borboni…» «Estavam no antigo bastião dos Bourbons…» Repare-se que o singular é «Borbone». Entre nós, há alguma relutância (e ignorância) na pluralização dos apelidos. Contudo, parece que por vezes os jornalistas, escritores e tradutores o fazem inevitavelmente, como neste título do Diário de Notícias: «Loureiros escolhiam árbitros para o Boavista» (Carlos Rodrigues Lima, 6.09.2006, p. 24). Se em vez da família Loureiro fosse a família Bonaparte ou Habsburgo, dificilmente escreveriam «os Bonapartes» ou «os Habsburgos». Felizmente há revisores.
3 comentários:
Então, quase em tempo de Restauração, diz-se: Os Braganças, e não Os Bragança, ou Os Almadas, e não Os Almada?
Em qualquer tempo e lugar, usa-se o plural.
Há revisores, mas às vezes parece que estão a dormir...
Por isso, continue o bom trabalho aqui no Blogue.
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