País Basco
Kaixo! Que me lembre, só temos em português uma palavra de origem basca: aquelarre, que é a reunião nocturna de bruxas e bruxos, com a suposta intervenção do Demónio ordinariamente na figura de bode (aker, em basco), para a prática das artes desta superstição. Reunião também conhecida, em português, por conventículo. Ultimamente, podemos ler nos jornais e ouvir na televisão o vocábulo «etarra» para designar o membro da organização ETA, que, sendo igualmente uma palavra basca, tem etimologia desconhecida. (Claro que a sigla ETA parece estar contida em «etarra», mas isso não é tudo: qual o significado do sufixo?) Sendo, além disso, tão semelhante a outras palavras portuguesas, rapidamente os jornalistas a adoptaram como portuguesa: «Enquanto no País Basco espanhol afirma-se [sic] que a acção dos etarras era previsível e teima-se em acreditar que a paz ainda é possível» («Atentado da ETA era ‘previsível’», Diário de Notícias, 2.1.2007, p. 5). Boa ou má prática, esta de fazer nosso tudo quanto a mão — neste caso, e salvo seja, a língua — alcança? Estamos a ficar muito anglo-saxónicos.
Kaixo! Que me lembre, só temos em português uma palavra de origem basca: aquelarre, que é a reunião nocturna de bruxas e bruxos, com a suposta intervenção do Demónio ordinariamente na figura de bode (aker, em basco), para a prática das artes desta superstição. Reunião também conhecida, em português, por conventículo. Ultimamente, podemos ler nos jornais e ouvir na televisão o vocábulo «etarra» para designar o membro da organização ETA, que, sendo igualmente uma palavra basca, tem etimologia desconhecida. (Claro que a sigla ETA parece estar contida em «etarra», mas isso não é tudo: qual o significado do sufixo?) Sendo, além disso, tão semelhante a outras palavras portuguesas, rapidamente os jornalistas a adoptaram como portuguesa: «Enquanto no País Basco espanhol afirma-se [sic] que a acção dos etarras era previsível e teima-se em acreditar que a paz ainda é possível» («Atentado da ETA era ‘previsível’», Diário de Notícias, 2.1.2007, p. 5). Boa ou má prática, esta de fazer nosso tudo quanto a mão — neste caso, e salvo seja, a língua — alcança? Estamos a ficar muito anglo-saxónicos.
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