19.3.07

Glossário da seda


Anafaia f. Primeiros fios de bicho-da-seda, antes da formação do casulo.
Baba f. Humor glutinoso, que largam de si o caracol, o bicho-da-seda e outros animais.
Batagem f. Operação de bater os casulos, que se faz na fiação da seda, para os imergir na água e ao mesmo tempo, levantar e enredar os fios destramados.
Bicho-da-seda m. É a designação comum para a larva que produz seda de qualquer das diversas espécies de mariposas. Existem diversas espécies de bichos-da-seda usadas na produção comercial de seda, no entanto a Bombyx mori é a mais comum.
Borra f. A parte do casulo que se não fia, e de que se fazem cadarços ou telas mais grosseiras.
Carilho m. Aparelho antigo com que se fiava o casulo da seda e se dobava esta.
Carretilha f. Depressão circular que forma uma espécie de cinta ao meio dos casulos finos e ovais da seda.
Carril m. Espécie de roda para fiar a seda.
Casulo m. Invólucro que várias larvas fiam, para fazerem a sua metamorfose, nomeadamente a do bicho-da-seda.
Cruzada f. A operação de cruzar os fios no fabrico dos tecidos de seda, antes de passar ao vaivém.
Dupião m. Casulo resultante do trabalho de dois bichos-da-seda em comum.│Seda grossa que se tira dos casulos dobrados.
Exúvias f. pl. Tegumento deixado pelos animais, como o bicho-da-seda, por ocasião das mudas.
Fiadilho m. Borra de seda em fio torcido.│A parte não fiada, cadarço que se tira dos casulos da seda.
Garfete m. Instrumento cilíndrico de pau ou vidro, empregado no fabrico da seda.

Guingão m. Excremento do bicho-da-seda.│Parte mais grosseira e espessa da seda.
Moróforo m. Bot. Nome dado outrora por alguns botânicos à amoreira.
Organsim m. Fio de seda formado por dois fios de casulo torcidos, cada um no mesmo sentido, e depois retorcidos juntos, em sentido contrário.│O primeiro fio de seda que se coloca no tear para formar a urdidura.
Parcha f. Casulo em que o bicho-da-seda morreu de doença.
Pebrina f. Vet. Doença epidémica e contagiosa dos bichos-da-seda devida à presença de corpúsculos que vivem nas glândulas sedosas, nos dejectos, nas sementes e, de um modo geral, em qualquer órgão do bicho atacado.
Retrós m. Fio de seda ou conjunto de fios de seda torcidos.
Rodete m. Carrinho de madeira, em que se dobra o fio da meada de seda.
Rota da Seda loc. Ligava a China Oriental ao Mediterrâneo, e foi considerada a maior rota comercial do mundo. Aberta em 139 a. C., só posteriormente veio a ter esta designação.
Sedígero adj. Que produz seda.
Seríceo adj. Poét. Relativo à seda.│Feito de seda.│Que tem a aparência da seda.
Sericícola adj. 2 gén. Relativo à produção de seda.│s. 2. gén. Pessoa que trata da criação dos bichos-da-seda.
Sericicultor adj. e m. Que ou aquele que exerce a sericicultura, que promove a indústria da seda.
Sericicultura f. Indústria que tem por fim a criação do bicho-da-seda.
Sericífero adj. Que tem ou produz seda. │Que contém o fio segregado pelo bicho-da-seda.
Sericígeno adj. Que produz seda (falando-se das espécies de bichos-da-seda).
Sericímetro m. Instrumento para apreciar a elasticidade e a tenacidade de um fio de seda. O m. q. serímetro.
Serígeno adj. Que produz seda.│Diz-se do bicho-da-seda.
Serigueiro m. Aquele que faz obras de seda, passamanaria, também chamado sirgueiro e passamaneiro.
Sirgaria f. Estabelecimento de sirgueiro; o m. q. serigaria.│Lugar em que se faz criação do bicho-da-seda.
Sirgueiro m. Aquele que trabalha em obras de fio de seda ou lã; serigueiro.
Sirgo m. O m. q. bicho-da-seda.
Tussá m. Nome genérico das sedas produzidas por outros bichos-da-seda que não sejam o Bombyx mori.



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