Imagem: http://www.romeartlover.it/Stones.html
Falso?
Cara M. P., fake marble é isso mesmo, «falso mármore». Mas temos também o termo escaiola, que deve considerar na tradução que está a fazer. A escaiola é uma técnica (e o seu resultado) de preparação de gesso e cola ou cimento branco com que se consegue um revestimento liso e lavável que imita mármore ou outra pedra, usado em paredes, colunas e tectos. O vocábulo tem como étimo o italiano scagliuola, diminutivo de scaglia, e terá entrado no léxico português no século XIX, quando a técnica passou a substituir os revestimentos de azulejos, mais caros. Até nos palácios, como se pode ler neste artigo publicado no Diário de Notícias: «No átrio central [do Palácio Braamcamp, no Bairro Alto], os funcionários da câmara aguardam a chamada que os vai conduzir ao gabinete médico. Decorado com a “enganadora” técnica de pintura em escaiola, tem uns belíssimos mármores rosa e verdes (que afinal não o são). Cada sala do palacete está bem conservada e tem, nos tectos rendilhados, uma identidade própria» («Câmara ainda não definiu futuro do Palácio Braamcamp», Marina Almeida, 29.9.2006).
Falso?
Cara M. P., fake marble é isso mesmo, «falso mármore». Mas temos também o termo escaiola, que deve considerar na tradução que está a fazer. A escaiola é uma técnica (e o seu resultado) de preparação de gesso e cola ou cimento branco com que se consegue um revestimento liso e lavável que imita mármore ou outra pedra, usado em paredes, colunas e tectos. O vocábulo tem como étimo o italiano scagliuola, diminutivo de scaglia, e terá entrado no léxico português no século XIX, quando a técnica passou a substituir os revestimentos de azulejos, mais caros. Até nos palácios, como se pode ler neste artigo publicado no Diário de Notícias: «No átrio central [do Palácio Braamcamp, no Bairro Alto], os funcionários da câmara aguardam a chamada que os vai conduzir ao gabinete médico. Decorado com a “enganadora” técnica de pintura em escaiola, tem uns belíssimos mármores rosa e verdes (que afinal não o são). Cada sala do palacete está bem conservada e tem, nos tectos rendilhados, uma identidade própria» («Câmara ainda não definiu futuro do Palácio Braamcamp», Marina Almeida, 29.9.2006).
3 comentários:
Transcrevo aqui o que Sued Macedo disse...
O termo escariola é corrutela de escaiola, e foi adotado pelos "escariolistas" pelotenses entre eles Maurilio Villar, Construtor Licenciado(falecido) meu pai Valdemar Macedo(falecido) e eu, aposentado morando em Porto Alegre. A massa de escariola que foi utilizada na Santa Casa e no cine Guarani, não tem na sua composição gesso ou cola.A massa de escariola é uma mistura de argila, (dois tipos) cal virgem e pó de mármore. Não é francesa e nasceu ainda no Imperio romano. Quanto a isso tenho minha propria teoria. A massa de escariola na sua composição é diferente da escagliuola italiana mas é semelhante a romana.
Meu comentário é sobre o que escrevi sobre a escariola(corruptela pelotense) do termo italiano scagliuola. Teorizamos a respeito: As sobras do mármore transformadas em pó espalhado sobre o chão no local onde artistas esculpiam seus trabalhos, foram aproveitadas e misturadas a argila fina, e a cal encontrada ali mesmo em pedras, queimadas em altos fornos, tranformadas em massa de cal pura, peneirada, e adicionada a argila e ao pó de mármore. A massa de escaiola. revestindo rebocos ásperos bem acabados eram polidas com um aço especial (plaina atualmente) e antes de secar totalmente trabalhadas artisticamente, e novamente polidas até entranhar a tinta, a base de agua, na massa. A decoração tipo mármore não perde a cor e dura bem mais de mil anos. A aristocracia romana possuia
mármore por ser proprietária da minas, e a plebe a escagliuola. Com menos gastos tinha o "marmore".
Muito sde haverá de falar sdobre essa técnica de revestir paredes que mantem o ambiente fresco no verão e aquecido no inverno. Eu sei disso, porque fui um escaiolista ou escarioplista, como dizemos no Rio Grande do Sul e, particularmente, em Pelotas. Meus parabens ao autor do blog.
Meu Pai - Bazilicio Guerra - dominava a pratica da " escariola", tendo trabalhado na Santa Casa de Pelotas, sob a batuta do Mestre Nicolau Cunha. Quando guri, ajudava-o nos serviços e não me interessei muito pelo conhecimento. Hoje perto dos 70 anos, busco alguém que me çossa ensinar a compor a massa e dar o acabamento com " escariola ".
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