17.7.07

Uso da maiúscula

Papas: Leão X ou Cerelac?

«O tio de Lorenzo II [de Medici, a quem Nicolau Maquiavel dedicou O Príncipe], o papa Leão X, tinha-lhe arranjado o casamento com uma sobrinha do rei de França» («Quadro de Rafael leiloado por preço recorde», Daniel Santos, Público, 7.07.2007, p. 27). Mas o Público não grafa com maiúscula o vocábulo «papa»? Julgava que sim: «O antigo ritual da missa católica — o rito de S. Pio V ou rito tridentino — passa, a partir de hoje, a ser de utilização livre, de acordo com uma decisão do Papa Bento XVI» («Bento XVI liberaliza hoje missa em latim», António Marujo, Público, 7.07.2007, p. 23). «O Papa Bento XVI apela à responsabilidade dos media [sic] e à noção de serviço público por parte das empresas de comunicação social e dos jornalistas» («Bento XVI quer meios de comunicação social responsáveis», A. M., Público, 27.05.2006, p. 3). «Só que, por um lado, até o Papa Ratzinger percebe a futilidade desta empresa e várias vezes preveniu que a reprovava» («Uma cruzada?», Vasco Pulido Valente, Público, 27.05.2006, p. 48).
Por outro lado, não deixaria de escrever, como faz o Sol e muito bem, «Lourenço»: «Lourenço II de Medicis, Duque [sic] de Urbino e governador de Florença de 1513 a 1518, era sobrinho do Papa Leão X, que, desejoso de consolidar a posição da família no panorama internacional, promoveu o casamento dele com Madeleine de la Tour d’Auvergne, prima de Francisco I, rei de França.» E, melhor ainda, Médicis, como em Lourenço de Médicis, o Magnífico, o título da obra de Jack Lang, publicada pela Bertrand.

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