13.11.07

Acordo Ortográfico

É agora?

Segundo a agência Lusa, num texto cheio de gralhas e erros, Portugal anunciou que ratificará até ao final do ano um protocolo que abre caminho à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Ainda segundo a Lusa, «pela aplicação das novas normas ortográficas, 1,6 por cento do vocabulário usado em Portugal (e nos países que seguem a norma portuguesa) deverá sofrer alterações. No Brasil, onde essas mudanças abrangem apenas 0,45 %, o Governo não tem poupado esforços na defesa da aplicação do acordo».

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas qual é a sua opinião sobre o assunto, caro Helder?...

Qual é verdadeiramente a relevância actual da diferença para a grafia «atual», num tempo em que a informática podia ter a vantagem de uniformizar por nós aquilo que não é uniforme? — Ou seja, qualquer motor de busca, como faz o Google, pode perceber que quando procuramos «actual» queríamos também escrever «atual» (tal como pode procurar as variantes de género e número ou tempo verbal). Não era esse o caminho?

Por que [razão] é que os ingleses não sentem (sentem?) a mesma necessidade de «fortalecer a língua», trocando os «-er» pelos «-re»?

(Eu atrever-me-ia a dizer que o acordo poderia servir quando muito para a Lusa poder transcrever mais despreocupadamente ainda as notícias brasileiras, como parece que terá sido o caso.)

Helder Guégués disse...

Caro J. J. L.
Responderei brevemente num outro texto. Fica apenas isto: há grandes preconceitos (até eu já os tive) em relação à ortografia portuguesa do Brasil, e o acordo tornar-nos-ia a todos iguais, ganhando a própria língua em projecção internacional.
Quanto à Lusa, se nem a informática lhe serve para as gralhas, é de supor que o acordo pouco adiantará quanto ao resto. E este — o resto — é que verdadeiramente me (nos) importa.