1.11.07

Léxico contrastivo: «pau-de-arara»

Como disse?

«“Eu vejo todos os dias os meus colegas entrarem na escola sujos, cansaços e até machucados porque são transportados num caminhão, sentam em bancos improvisados de madeira e até correm o risco de acidentes. Graças a Deus, eu não soube de nenhum acidente nessa região, mas já tive notícias em outros locais.” Dessa forma, a estudante Mallena Nogueira Lira, 13, justifica a defesa do projeto, de sua autoria, que trata da substituição dos paus-de-arara (caminhões abertos com bancos improvisados) como transporte escolar. Mallena cursa a 7.ª série do ensino fundamental na Escola de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Deputado Joaquim de Figueiredo Corrêa, em Iracema, a 283 quilômetros de Fortaleza. Eleita na cidade “deputada-mirim”, Mallena disse que teve a idéia da proposta e pediu a ajuda da comunidade escolar para redigir o projeto que foi um dos três vencedores, no País, entre 211 apresentados à Câmara Mirim» («Deputada-mirim de Iracema quer fim de pau-de-arara», Rita Célia Faheina, O Povo, 31.10.2007, p. 12).

1 comentário:

Anónimo disse...

No Brasil, o termo pau-de-arara tem duas acepções:
- o caminhão pau-de-arara, mencionado no texto; e
- o instrumento de tortura pau-de-arara, adotado pela polícia, que consiste numa barra de ferro que é atravessada entre os punhos amarrados e a dobra dos joelhos, sendo o conjunto colocado entre duas mesas; o corpo do torturado fica pendurado a 30 centímetros do solo; geralmente, o método é utilizado com seus complementos normais, como choque elétrico, palmatória e afogamento.

A deputada-mirim poderia propor o fim dos dois paus-de-arara.