É o Diabo
Acabei de ouvir na Antena 1 a publicidade ao espectáculo Diabolus in Musica, em cena hoje no Grande Auditório do CCB. Antes de um elemento (Giancarlo Macrí?) do grupo ter falado, a jornalista disse: «“Diabolus in Musica”, isto é, o “Diabo entra na música”.» Apesar de ser um espectáculo divertido, afinal é sobre a música clássica, integrando no repertório música de Vivaldi, Mozart, Bizet, Strauss, Bach, Offenbach, Rossini… Acreditaria piamente no arremedo de explicação, se não me recordasse deste trecho de uma obra magnífica: «A Igreja Católica baniu a música que contivesse polifonia (mais do que uma parte musical interpretada de cada vez) temendo que tal levasse as pessoas a duvidar da unidade de Deus. A Igreja também baniu o intervalo musical de uma quarta aumentada e a distância entre o dó sustenido e o fá sustenido, conhecida por trítono (no West Side Story de Leonard Bernstein, corresponde ao intervalo no qual Tony canta o nome «Maria»). Este intervalo era considerado de tal forma dissonante que só podia ser obra de Lúcifer e a Igreja passou a chamá-lo Diabolus in musica. Foi a altura sonora que deixou em grande rebuliço a Igreja medieval» (in Uma Paixão Humana — O seu Cérebro e a Música, de Daniel J. Levitin, tradução de Bárbara Pinto Coelho, Editorial Bizâncio, Novembro de 2007, pp. 21-22).
Acabei de ouvir na Antena 1 a publicidade ao espectáculo Diabolus in Musica, em cena hoje no Grande Auditório do CCB. Antes de um elemento (Giancarlo Macrí?) do grupo ter falado, a jornalista disse: «“Diabolus in Musica”, isto é, o “Diabo entra na música”.» Apesar de ser um espectáculo divertido, afinal é sobre a música clássica, integrando no repertório música de Vivaldi, Mozart, Bizet, Strauss, Bach, Offenbach, Rossini… Acreditaria piamente no arremedo de explicação, se não me recordasse deste trecho de uma obra magnífica: «A Igreja Católica baniu a música que contivesse polifonia (mais do que uma parte musical interpretada de cada vez) temendo que tal levasse as pessoas a duvidar da unidade de Deus. A Igreja também baniu o intervalo musical de uma quarta aumentada e a distância entre o dó sustenido e o fá sustenido, conhecida por trítono (no West Side Story de Leonard Bernstein, corresponde ao intervalo no qual Tony canta o nome «Maria»). Este intervalo era considerado de tal forma dissonante que só podia ser obra de Lúcifer e a Igreja passou a chamá-lo Diabolus in musica. Foi a altura sonora que deixou em grande rebuliço a Igreja medieval» (in Uma Paixão Humana — O seu Cérebro e a Música, de Daniel J. Levitin, tradução de Bárbara Pinto Coelho, Editorial Bizâncio, Novembro de 2007, pp. 21-22).
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