Língua abortada
Ana Mesquita até pode pretender ser engraçada — e quase sempre o consegue. Essa é que é essa. Contudo, no que toca a falar correctamente, está muito longe de cumprir o que se espera de um jornalista. Ainda na emissão de hoje do programa O Amor É…, na Antena 1, a propósito de as indianas radicadas no Reino Unido irem abortar à Índia, falava em «abortagem». Terá a noção da responsabilidade de ter um microfone à sua frente? Dizer «abortagem» em vez de «aborto» ou — querendo, à viva força, ser diferente — «abortamento», ainda que com presumíveis intuitos jocosos, não contribui em nada para fazer da rádio, e rádio pública, no caso, um meio de comunicação que, além de informar e entreter, instrui.
Ana Mesquita até pode pretender ser engraçada — e quase sempre o consegue. Essa é que é essa. Contudo, no que toca a falar correctamente, está muito longe de cumprir o que se espera de um jornalista. Ainda na emissão de hoje do programa O Amor É…, na Antena 1, a propósito de as indianas radicadas no Reino Unido irem abortar à Índia, falava em «abortagem». Terá a noção da responsabilidade de ter um microfone à sua frente? Dizer «abortagem» em vez de «aborto» ou — querendo, à viva força, ser diferente — «abortamento», ainda que com presumíveis intuitos jocosos, não contribui em nada para fazer da rádio, e rádio pública, no caso, um meio de comunicação que, além de informar e entreter, instrui.
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