31.12.07

«Réveillon»

Despertar


      Na sua coluna semanal no jornal O Povo, o professor Pasquale Cipro Neto aborda a questão dos galicismos, lembrando a obra Palavras sem Fronteiras, de Sergio Corrêa da Costa, em que o autor coligiu algumas palavras e expressões universais que foi encontrando, ao longo da vida, em jornais, livros e documentos. Pergunta Pasquale Cipro Neto: «Sabe qual é o idioma campeão, ou seja, aquele que mais palavras e expressões espalhou e perpetuou pelo mundo?» O inglês, talvez? «Nada de inglês, não.» O latim, então? «O idioma campeão é o francês; o inglês nem vice é. Acredite: correm pelo mundo muito mais palavras e expressões francesas do que inglesas.» Uma dessas palavras, que dá título ao texto que estou a citar, é o universal «réveillon», que vem do francês e pertence à família do verbo réveiller, «acordar, despertar». Devemos, por exemplo, despertar, contrariando o provérbio francês Il ne faut pas réveiller le chat qui dort, para o facto de ser o alemão, e não o inglês, a língua da União Europeia com maior número de falantes nativos. A União Europeia tem 23 línguas oficiais: alemão, búlgaro, checo, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, estónio, finlandês, francês, grego, húngaro, inglês, irlandês, italiano, letão, lituano, maltês, neerlandês, polaco, português, romeno e sueco.

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