A razão de um nome
O historiador Joaquim Boiça (autor do projecto museográfico do farol-museu de Santa Marta) lembra, no Oeiras Actual, boletim municipal de Oeiras, a hipótese explicativa do nome do forte de S. João das Maias. «S. João das Maias, esporão rochoso e fortificação, há muito que são uma referência na paisagem ribeirinha de Oeiras. Do nome que exibem não se sabe, ao certo, a origem. O de “Maias”, entenda-se. O do santo, esse, não suscita grandes interrogações: é o padroeiro da segunda fortificação que se ergueu neste sítio, após a Restauração de 1640, em honra do qual se levantou, em ano incerto, altar e capela própria. Sacra invocação, qual escudo espiritual, que não defendia as muralhas e os artilheiros das balas inimigas, mas que nenhuma fortaleza ou exército dispensava de possuir. Porquê S. João, em particular, está por saber com rigor. Quanto ao nome “Maias”, houve quem alvitrasse que derivaria da existência e captura no local dos característicos crustáceos que cientificamente trazem esta designação (maias) e que a voz popular chama de santolas. Não sendo improvável, fica muita coisa por explicar, desde logo a presença, necessariamente significativa, de colónias destes crustáceos, pouco dados a aparecer junto a penedias costeiras, a não ser quando, por razões que a razão desconhece, como foi recentemente testemunhado em local próximo, têm derivas colectivas e resolvem, simplesmente, dar à costa...» («As Maias — Fortes e Crustáceos», Joaquim Boiça, Oeiras Actual, n.º 180, Dezembro de 2007, p. 26). De facto, a maia é um género de crustáceos decápodes da família dos Majidae (José Pedro Machado escreveu «Maiídeos», que não vejo usado em mais lado nenhum), que conhecemos vulgarmente como santola ou centola.
O historiador Joaquim Boiça (autor do projecto museográfico do farol-museu de Santa Marta) lembra, no Oeiras Actual, boletim municipal de Oeiras, a hipótese explicativa do nome do forte de S. João das Maias. «S. João das Maias, esporão rochoso e fortificação, há muito que são uma referência na paisagem ribeirinha de Oeiras. Do nome que exibem não se sabe, ao certo, a origem. O de “Maias”, entenda-se. O do santo, esse, não suscita grandes interrogações: é o padroeiro da segunda fortificação que se ergueu neste sítio, após a Restauração de 1640, em honra do qual se levantou, em ano incerto, altar e capela própria. Sacra invocação, qual escudo espiritual, que não defendia as muralhas e os artilheiros das balas inimigas, mas que nenhuma fortaleza ou exército dispensava de possuir. Porquê S. João, em particular, está por saber com rigor. Quanto ao nome “Maias”, houve quem alvitrasse que derivaria da existência e captura no local dos característicos crustáceos que cientificamente trazem esta designação (maias) e que a voz popular chama de santolas. Não sendo improvável, fica muita coisa por explicar, desde logo a presença, necessariamente significativa, de colónias destes crustáceos, pouco dados a aparecer junto a penedias costeiras, a não ser quando, por razões que a razão desconhece, como foi recentemente testemunhado em local próximo, têm derivas colectivas e resolvem, simplesmente, dar à costa...» («As Maias — Fortes e Crustáceos», Joaquim Boiça, Oeiras Actual, n.º 180, Dezembro de 2007, p. 26). De facto, a maia é um género de crustáceos decápodes da família dos Majidae (José Pedro Machado escreveu «Maiídeos», que não vejo usado em mais lado nenhum), que conhecemos vulgarmente como santola ou centola.
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