Como cães
«A decisão do juiz Joaquim Domingos de Almeida, do 9.º Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro, que proibiu seis redes de TV e quatro jornais de divulgar os nomes de dois adolescentes que agrediram um grupo de prostitutas na Barra da Tijuca, em novembro de 2007, foi criticada ontem pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). Além de omitir os nomes, os meios de comunicação, não podem veicular imagens dos agressores, que foram condenados a trabalhar na limpeza urbana» («ANJ critica proteção a pitboys da Barra», Jornal do Brasil, 11.1.2008, p. A12). Em vão tentamos saber, pela notícia, o que são os «pitboys» do título. Serão, suspeitamos, aqueles adolescentes, e por aqui ficamos. O dicionário Aulete Digital, que tão útil é na definição de neologismos, não nos ajuda nesta ocasião.
Encontramos, contudo, um texto do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos, intitulado «Recepção lingüística: o caso dos neologismos lexicais», da autoria de Shirley Lima da Silva Braz, em que se pode ler: «Ilustra-se essa produtividade lingüística com o uso recente do prefixo “pit”. Originário da palavra pitbull, que designa uma raça de cachorros em geral violenta, foi aproveitada a parte inicial “pit” para a formação de “pitboy”, vocábulo que designa rapazes agressivos de classe média, que fazem valer sua vontade pela força física. Esse prefixo é, sem dúvida, um caso interessante. Daí, já surgiram “pitmamãe”, “pitpapai”, “pitfamília” (O Globo, 04 de abril de 2004) e já se encontra um novo vocábulo — derivado semanticamente de pitboy: Cristoboys (Extra, 13 de junho de 2004), ou seja, manteve-se a parte final (boy), juntando-se o prefixo Cristo, para designar jovens musculosos, parecidos fisicamente com os pitboys, mas que são evangélicos.»
«A decisão do juiz Joaquim Domingos de Almeida, do 9.º Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro, que proibiu seis redes de TV e quatro jornais de divulgar os nomes de dois adolescentes que agrediram um grupo de prostitutas na Barra da Tijuca, em novembro de 2007, foi criticada ontem pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). Além de omitir os nomes, os meios de comunicação, não podem veicular imagens dos agressores, que foram condenados a trabalhar na limpeza urbana» («ANJ critica proteção a pitboys da Barra», Jornal do Brasil, 11.1.2008, p. A12). Em vão tentamos saber, pela notícia, o que são os «pitboys» do título. Serão, suspeitamos, aqueles adolescentes, e por aqui ficamos. O dicionário Aulete Digital, que tão útil é na definição de neologismos, não nos ajuda nesta ocasião.
Encontramos, contudo, um texto do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos, intitulado «Recepção lingüística: o caso dos neologismos lexicais», da autoria de Shirley Lima da Silva Braz, em que se pode ler: «Ilustra-se essa produtividade lingüística com o uso recente do prefixo “pit”. Originário da palavra pitbull, que designa uma raça de cachorros em geral violenta, foi aproveitada a parte inicial “pit” para a formação de “pitboy”, vocábulo que designa rapazes agressivos de classe média, que fazem valer sua vontade pela força física. Esse prefixo é, sem dúvida, um caso interessante. Daí, já surgiram “pitmamãe”, “pitpapai”, “pitfamília” (O Globo, 04 de abril de 2004) e já se encontra um novo vocábulo — derivado semanticamente de pitboy: Cristoboys (Extra, 13 de junho de 2004), ou seja, manteve-se a parte final (boy), juntando-se o prefixo Cristo, para designar jovens musculosos, parecidos fisicamente com os pitboys, mas que são evangélicos.»
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