Não abuse
No noticiário do meio-dia, na Antena 1, Tiago Alves quis que o actor Heath Ledger tenha morrido — pese embora outros meios de comunicação equacionarem, a par desta, a hipótese de suicídio — de «abuso excessivo» de droga. Ora, que eu saiba, uma das acepções do vocábulo «abuso» é precisamente «uso excessivo», pelo que um «abuso excessivo» é pleonástico. Um abuso de linguagem. Um mau uso. Enfim.
No noticiário do meio-dia, na Antena 1, Tiago Alves quis que o actor Heath Ledger tenha morrido — pese embora outros meios de comunicação equacionarem, a par desta, a hipótese de suicídio — de «abuso excessivo» de droga. Ora, que eu saiba, uma das acepções do vocábulo «abuso» é precisamente «uso excessivo», pelo que um «abuso excessivo» é pleonástico. Um abuso de linguagem. Um mau uso. Enfim.
2 comentários:
Fazendo uso do lema que adoptou (a recomendação de Fr. António Taveira), e com as cautelas de quem só "toca de ouvido", diria que "Tiago Alves quis que o actor... tivesse morrido", e não que "quis ... que tenha morrido". O "quis" é uma atitude passada e referida a um acontecimento que lhe é anterior, de modo que o "tenha", presente, não parece que se harmonize com esse passado.
É com sinceridade que agradeço todos os seus textos, no único sítio que visito todos os dias e sempre com grande prazer (e proveito, naturalmente).
Pois acho que não tem razão. Mas não faz mal. E agradeço que seja leitor do meu blogue.
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